Blogue de Técnica de Redação elaborado pelo professor Eduardo de Araújo Teixeira com fins fundamentalmente educacionais.
domingo, 3 de maio de 2015
REDAÇÃO. Tema crise na escola pública
Exame de um sistema educacional que não aprende
A falência do
ensino público decorre de diversos fatores. Dentre os principais, podemos destacar: o baixo investimento governamental na
Educação, alunos e corpo docente desmotivados e uma grade curricular obsoleta.
Os salários baixos e planos de carreiras inexistentes para educadores e dirigentes foram responsáveis pelo abandono dos profissionais mais capacitados para atuar no Ensino Público. Além disso, a omissão política
em relação aos investimentos em escolas públicas é responsável também por prédios com
estrutura precárias e/ou manutenção deficiente. Seu modelo arquitetônico
prisional acarreta tanto desestímulo aos estudos quanto leva a sua depredação.
A escola é a
primeira experiência de convívio mais complexo para a maioria das pessoas. Ela é um espaço de interação social coletivo onde deveriam ser
estimulados valores como tolerância, respeito à diversidade, bem como valorização da capacidade e talento individual dos alunos. Sua estrutura autoritária, contudo, cerceia a
liberdade e mata o que há de criativo e espontâneo nos jovens. Convertida em
espaço de confinamento, não são raras às vezes em que a energia nela represada termina por resultar em "bullying", desrespeito ao professor e em vandalismo ao patrimônio.
O mundo mudou radicalmente nas últimas décadas por conta do avanço tecnológico, contudo, a escola não
acompanhou tal evolução com igual velocidade. Embora a Internet tenha
propiciado maior dinâmica na aquisição, acesso e troca de conhecimento; na maior parte das escolas impera ainda a pedagogia do giz e do apagador; subordinada à uma grade curricular rígida
e anacrônica. Muitas escolas visam ao concurso vestibular e não à formação plena do
cidadão, já que se mostram mais apegadas ao conteúdo dos testes do que ao saber aplicável à
vida e ao trabalho.
A crise na
Educação é um problema que só será solucionado com uma ação mais efetiva que
envolva toda a sociedade. Cidadãos que exijam investimentos maiores; pais
participantes da rotina escolar; educadores e dirigentes mais comprometidos;
estudantes estimulados (numa instituição mais democrática) é, portanto, o que
necessitamos para construir um país mais justo. Isto só se fará com cidadãos críticos e capacitados
não só para universidade e mercado de trabalho, mas para uma vida mais
plena e aberta à possibilidades diversas.
[Redação realizada coletivamente em julho de 2013, no Henfil
Liberdade, turma do noturno. Enviada por Karina e revisada pelo Prof. Eduardo]
TEORIA. Três elementos fundamentais para uma boa redação
1. LINGUAGEM
Num texto formal, em prosa (constituído com parágrafos), o predomínio do emprego denotativo das palavras.
2. ESTRUTURA
A organização do texto em parágrafos bem estruturados, com apresentação inicial de uma tese, sua posterior defesa com argumentos e exemplificação claras, uma conclusão do que foi discutido e a proposta de solução positiva para o problema/tese apresentado. A observância na construção de parágrafos com predomínio da ordem direta, frases curtas e longas encadeadas, com pontuação precisa possibilitando um bom ritmo na leitura.
3 IDEIA
Conhecimento do tema. Ser bem informado. Ter um razoável conhecimento de História, Geografia, Artes, e Cultura geral. Principalmente, saber relacionar um tema com a experiência pessoal e o tempo presente; ou seja, expressar um pensamento crítico sobre o tema/problema/tese proposto pelo vestibular.
TEORIA. Verbete: dissertação
Substantivo feminino
1 ato ou efeito de dissertar; exposição, redação
2 exposição escrita de assunto relevante nas áreas científica, artística, doutrinária etc.; monografia
3 trabalho escrito feito por estudantes como exercício ou como prova, versando sobre algum ponto das matérias estudadas; exposição escrita
4 exposição oral; conferência, discurso
Ex.: ouvimos uma bela d. sobre a obra de Camões
TEORIA. Verbete: dissertar
Verbo transitivo indireto
1 expor algum assunto de modo sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito; discorrer, discretear
Ex.: no congresso, um conferencista dissertou sobre essa nova teoria
transitivo indireto e intransitivo
2 fazer dissertação ('trabalho escrito')
Exs.: o professor mandou d. sobre a globalização na economia
[Dicionário Eletrônico HOUAISS da Língua Portuguesa]
Verbete: redigir
Datação: 1831
Verbo transitivo direto e intransitivo
1 exprimir por escrito aquilo que se concebe e deseja externar; escrever
Exs.: r. artigos de jornal
ele redige bem
intransitivo
2 saber colocar em forma literária o pensamento
Ex.: ela redige muito bem
intransitivo
3 exercer o ofício de redator (em periódicos)
Ex.: redigem para vários jornais.
[Dicionário Eletrônico HOUAISS da Língua Portuguesa]
REDAÇÃO. Tema crise na escola pública
Exame de um sistema educacional que não aprende
A falência do ensino público decorre de diversos fatores. Dentre os principais, podemos destacar: o baixo investimento governamental na Educação, alunos e corpo docente desmotivados e uma grade curricular obsoleta.
Os salários baixos e planos de carreiras inexistentes para educadores e dirigentes foram responsáveis pelo abandono dos profissionais mais capacitados para atuar no Ensino Público. Além disso, a omissão política em relação aos investimentos em escolas públicas é responsável também por prédios com estrutura precárias e/ou manutenção deficiente. Seu modelo arquitetônico prisional acarreta tanto desestímulo aos estudos quanto leva a sua depredação.
A escola é a primeira experiência de convívio mais complexo para a maioria das pessoas. Ela é um espaço de interação social coletivo onde deveriam ser estimulados valores como tolerância, respeito à diversidade, bem como valorização da capacidade e talento individual dos alunos. Sua estrutura autoritária, contudo, cerceia a liberdade e mata o que há de criativo e espontâneo nos jovens. Convertida em espaço de confinamento, não são raras as vezes em que a energia nela represada termina por resultar em "bullying", desrespeito ao professor e em vandalismo ao patrimônio.
O mundo mudou radicalmente nas últimas décadas por conta do avanço tecnológico, contudo, a escola não acompanhou tal evolução com igual velocidade. Embora a Internet tenha propiciado maior dinâmica na aquisição, acesso e troca de conhecimento; na maior parte das escolas impera ainda a pedagogia do giz e do apagador a serviço de uma grade curricular rígida e anacrônica. Muitas escolas visam ao concurso vestibular e não à formação plena do cidadão, já que se mostram mais apegadas ao conteúdo dos testes do que ao saber aplicável à vida e ao trabalho.
A crise na Educação é um problema que só será solucionado com uma ação mais efetiva que envolva toda a sociedade. Faz-se necessário, portanto, cidadãos que exijam investimentos maiores; pais participantes da rotina escolar; educadores e dirigentes mais comprometidos; estudantes estimulados (numa instituição mais democrática) Isso só se fará com cidadãos críticos e capacitados não só para universidade e mercado de trabalho, mas para uma vida mais plena e aberta a possibilidades diversas.
[Redação realizada coletivamente em julho de 2013, no Henfil Liberdade, turma do noturno. Enviada por Karina e revisada pelo Prof. Eduardo]
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