quinta-feira, 10 de maio de 2018

TEMA: Crianças sem religião, mais altruistas?


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Crianças sem religião são mais altruístas, diz pesquisa
Por Carol Castro access_time 22 dez 2017, 11h02 - Publicado em 6 nov 2015, 16h03

Batismo nos primeiros meses de vida, igreja aos domingos e uma crença: passar ensinamentos religiosos aos filhos desde cedo vai transformá-los em pessoas melhores. Mas não funciona bem assim, segundo um estudo americano que mostra que pais sem religiões definidas criam filhos menos egoístas.

Jean Decety, neurocientista da Universidade de Chicago, e sua equipe distribuíram 30 adesivos a mais de mil crianças, de 5 a 12 anos, de seis países diferentes (Estados Unidos, Canadá, China, Jordânia, Turquia e África do Sul). Elas foram orientadas a distribuir quantas figurinhas quisessem a outras crianças da mesma escola ou do mesmo grupo étnico.

Os filhos de pais sem religião definida foram os mais generosos: compartilharam mais adesivos do que as crianças católicas ou muçulmanas. E descobriram ainda que quanto mais velhas, mais egoístas as pessoas ficam.

Os pesquisadores, então, entrevistaram os pais dessas crianças. Queriam ver quanto acreditavam que seus filhos colocavam em prática os princípios morais ensinados. Os religiosos tendiam a apostar mais na generosidade dos pequenos do que os outros – enquanto os testes haviam mostrado justamente o contrário.

Uma das explicações, segundo a pesquisa, é a “licença moral”. Por acreditarem que já fazem coisas boas, do tipo rezar toda noite, as pessoas se permitem cometer alguns “erros”, como ser um pouco egoísta. “É um padrão inconsciente. Eles não percebem que aquilo não é compatível com os ensinamentos da igreja”, explica Decety.

O que vale mesmo é como você usa o que aprendeu – e não quantos livros sobre espiritualidade devorou ou a quantas missas foi no último mês.

FONTE Revista Superinteressante



UM COMENTÁRIO MEU SOBRE O ASSUNTO NO FACEBOOK

Eduardo Arau Acho relativo, prefiro ver o reflexo posterior disto, nos jovens e adultos. Percebo muita angústia existencial em jovens sem religião. Muita. E um sem sentido da vida. Não tem aquela culpa cristã, mas são duros no quesito empatia, no respeito à religião (e opinião dos demais), são muito autocentrados, reduzindo a vida ao ganho material e sucesso. Acham que o mundo lhes deve, e são bem intolerantes à frustração. O índice de ansiedade, depressão, doenças emocionais, tudo desembocando em suicidio subiu bastante neste grupo. Vejam o que está se passando em faculdades públicas e até em escolas de classe media. Muitos suicidas. Especulo que não seja exatamente o fator religião, mas o que tem religião traz em seu bojo. Penso no convívio entre jovens, peno naquele dia para estar com pais num ambiente não de consumo mas de reflexão/comedimento (lembro da missa de domingo), bem como os "encontros de jovens" (dos cursinhos a grupos de jovens). Embora não pensasse assim, hoje vejo que era um momento de reflexão e fortalecimento do sentimento de pertencer a um grupo sem foco escolar/profissionalizante, sem ser para consumo, com base em princípios muito bons. Especulo. Claro que eu acho o espaço do sagrado interessantissimo para o sujeito, mas sei como depois isso pode/foi também subvertido pelos "homens" e seus interesses, tornando o credo bastante utilitário na tal teologia da prosperidade, no aprisionamento em dogmas petrificados, repressão e culpa, mas não sei para vocês, mas não foi isso que me ficou. Entao, sempre que leio "pesquisa diz" boto meu olhar crítico no entorno e reavalio os discursos. abço.

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