quinta-feira, 1 de novembro de 2018

REDAÇÃO. Tema: a influência dos aparelhos celulares no comportamento dos jovens


CELULARES: DESCONECTANDO VIDAS

A popularização dos aparelhos celulares tem influenciado profundamente o comportamento dos jovens do séc. XXI. Se para alguns é um mero símbolo de status, para outros, trata-se um acessório indispensável capaz, contudo, de induzir usuários à dependência.
Embora a primeira função dos celulares fosse as chamadas telefônicas, o advento dos “smart fones” os aproximaram da multifuncionalidade dos computadores. Inicialmente caríssimos, hoje são acessíveis às mais variadas classes sociais. Diferente dos telefones fixos, entretanto, tornaram-se aparelhos pessoais, íntimos como os antigos diários. A privacidade, contudo, nunca esteve tão ameaçada por invasões virtuais, furtos de dados e/ou aparelhos e divulgação de informações e vídeos íntimos por terceiros.
Os jovens, cada vez mais dependentes dos dispositivos,” terceirizaram” o conhecimento e a memória, já que pouco se preocupam em decorar informações ou números de familiares. Há hoje uma série de aplicativos exclusivos para celulares, dos quais a maioria dos usuários se utilizam frequentemente, como WhatsApp, GPS (Waze), Uber e Snapchat. Nunca se produziu tantas imagens no mundo, já que a mania de “selfies” (autorretrato) é marca de uma geração narcisista, extremamente individualista, autocentrada; se não, alienada.
As redes sociais mais que plataformas de encontros e trocas, tornou-se numa “vitrine de vaidade” onde a popularidade é medida por números de “likes” e “amigos” que raramente interagem de fato. Contraditoriamente, tais perfis escondem não só solidões, carências, infelicidades, mas também distúrbios. Os viciados em Facebook, Youtube e Instagram se exibissem ora com faces felizes ora com mensagens de desespero. Assim, celulares têm se revelado instrumentos de distração para vidas vazias e, contraditoriamente, desconectadas do mundo real, das relações reais e dos sentimentos reais.
A influência do celular no comportamento dos jovens é um fenômeno irreversível. Devemos, portanto, em vez de demonizar tal tecnologia, desestimular seu uso compulsivo, a fim de minimizar sua influência. Se a orientação familiar e debates em escolas são necessários, os ministérios da Educação e do Esporte devem, igualmente, investir em espaços de convivência e interação como centros culturais e parques. Promover – via SUS – tratamento médico aos dependentes/viciados (com suporte à família) é medida fundamental para que o usuário não se torne um mero acessório de seu dispositivo.

[REDAÇÃO COLETIVA REALIZADA EM SALA DE AULA NO CURSINHO MAXIMIZE MAUÁ, orientação do Prof. Eduardo (Tema possível para o ENEM). Outubro de 2018.]


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