Na aula de encerramento da turma de redação (dia 26/12) no Maximize/Paulista, fizemos uma redação com o tema Escola X Rede: a construção do sujeito do séc. XXI. Hoje, no facebook, "caiu" na minha timeline esta charge que parece ter sido feita para fomentar esse tema.
Acho bastante interessante o conflito geracional encenado nesta charge. Seu tema é de como o conhecimento se fazia para o aluno a partir da escola no passado e no presente perpassa meios tecnológicos. Se a sátira traz, contudo, em seu título uma pergunta e não uma afirmação, a sentença tanto pode ser considerada um comentário irônico do chargista, como também a abertura para uma reflexão. (já que interrogativa e aberta), cuja resposta parece encenada no contexto de comunicação entre os dois personagens.
Mas chargistas são sagazes (ou intuitivos): este pai (o vocativo ali no começo, deixa claro tratar-se do pai, assim como o cabelo similar do garoto e o fato dele estar "assentado" num sofá-trono), está posicionado parcialmente de costas para o filho. Se o garoto pergunta com certo ar ingênuo, sem qualquer malícia sobre os meios usados no passado na escola, a resposta brusca, agressiva, irônica (que nos faz rir, ao constituir conteúdo "crítico" da sátira) também nos fala da arrogância do "mais velho" em relação ao "novo". Podemos perceber certa postura, ao mesmo tempo autoritária e indiferente deste pai, também fechado em si, concentrado num jornal do qual não se desvia. Não por acaso, o jornal e seu suporte (o papel) e a leitura foram as "formas" principais de aquisição do conhecimento fora e dentro do espaço também escolar, portanto, formas "antigas". Ao responder que se usava anteriormente "a cabeça" (metáfora para dizer que a ferramenta utilizada não era mecânica/eletrônica, nem externa, mas inteligência (cabeça/cérebro), o que se depreende é uma crítica à geração atual, que não só é dependente de meios tecnológicos, mas burra. Por que não ver, também no quadrinho, para além da "educação moderna" - formalizada na escola e mediada por aparatos, - essa outra forma de "educação moderna"? Ou seja: do pai ausente e ensimesmado que já não dialoga e "ensina" olho no a olho ao filho, à maneira antiga que aparentemente defende/valoriza, mas que na prática, não aplica.
Acho bastante interessante o conflito geracional encenado nesta charge. Seu tema é de como o conhecimento se fazia para o aluno a partir da escola no passado e no presente perpassa meios tecnológicos. Se a sátira traz, contudo, em seu título uma pergunta e não uma afirmação, a sentença tanto pode ser considerada um comentário irônico do chargista, como também a abertura para uma reflexão. (já que interrogativa e aberta), cuja resposta parece encenada no contexto de comunicação entre os dois personagens.
Mas chargistas são sagazes (ou intuitivos): este pai (o vocativo ali no começo, deixa claro tratar-se do pai, assim como o cabelo similar do garoto e o fato dele estar "assentado" num sofá-trono), está posicionado parcialmente de costas para o filho. Se o garoto pergunta com certo ar ingênuo, sem qualquer malícia sobre os meios usados no passado na escola, a resposta brusca, agressiva, irônica (que nos faz rir, ao constituir conteúdo "crítico" da sátira) também nos fala da arrogância do "mais velho" em relação ao "novo". Podemos perceber certa postura, ao mesmo tempo autoritária e indiferente deste pai, também fechado em si, concentrado num jornal do qual não se desvia. Não por acaso, o jornal e seu suporte (o papel) e a leitura foram as "formas" principais de aquisição do conhecimento fora e dentro do espaço também escolar, portanto, formas "antigas". Ao responder que se usava anteriormente "a cabeça" (metáfora para dizer que a ferramenta utilizada não era mecânica/eletrônica, nem externa, mas inteligência (cabeça/cérebro), o que se depreende é uma crítica à geração atual, que não só é dependente de meios tecnológicos, mas burra. Por que não ver, também no quadrinho, para além da "educação moderna" - formalizada na escola e mediada por aparatos, - essa outra forma de "educação moderna"? Ou seja: do pai ausente e ensimesmado que já não dialoga e "ensina" olho no a olho ao filho, à maneira antiga que aparentemente defende/valoriza, mas que na prática, não aplica.
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