O vício em jogos online é um transtorno caracterizado pela dificuldade em estabelecer limites na atividade de jogar, levando à dependência. Esse tipo de compulsão pode exigir reabilitação e, em casos extremos, internação, pois a busca por prazer imediato nas mortes e conquistas virtuais pode resultar em consequências negativas na vida real, semelhantes a uma dependência química.
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O vício em jogos de azar, especialmente entre jovens e adultos, tem se tornado uma preocupação crescente, amplificada pelo acesso facilitado às apostas online. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, a vulnerabilidade dos indivíduos aos apelos dos ganhos financeiros é acentuada pela facilidade com que esses jogos podem ser acessados e jogados. A possibilidade de apostar a qualquer momento, com apenas alguns toques na tela do dispositivo, tem contribuído para o desenvolvimento de um transtorno do impulso, similar a uma dependência química.
Esse transtorno é caracterizado pelo comportamento compulsivo de jogo, onde o indivíduo, ao entrar em contato com esse tipo de atividade, sente uma crescente necessidade de participar cada vez mais, até o ponto de se tornar incapaz de parar. A gravidade dessa condição é reconhecida por duas classificações internacionais, refletindo o impacto que a facilidade de acesso a essas plataformas tem sobre a saúde mental dos jogadores.
Desde 2019, o tempo dedicado aos jogos online no Brasil aumentou em 281%. Estima-se que um em cada quatro brasileiros tenha participado de apostas esportivas online, e 63% desses jogadores já enfrentaram comprometimento de sua renda, afetando suas despesas com itens essenciais como roupas, produtos de supermercado, higiene e medicações. A situação é ainda mais preocupante entre os jovens, cuja maturidade cerebral, que só é plenamente desenvolvida por volta dos 25 anos, faz com que eles sejam particularmente suscetíveis aos efeitos negativos das apostas. A imaturidade das estruturas cerebrais responsáveis pelo controle impulsivo aumenta a probabilidade de comportamentos problemáticos.
Diante desse cenário, é crucial que os cuidadores, especialmente os pais, adotem uma postura acolhedora e orientadora, em vez de apenas julgar. É fundamental que orientem os jovens sobre os perigos da internet e as possíveis perdas psicológicas e financeiras associadas aos jogos de azar. As apostas esportivas, recentemente regulamentadas no Brasil, e os jogos de azar, embora proibidos, continuam a ser facilmente acessíveis, representando um grave problema de saúde pública.
A proliferação desses transtornos mentais, que pode ser comparada a uma pandemia de transtornos mentais, exige a intervenção de profissionais de saúde mental, psicoterapeutas e grupos de apoio. Um exemplo notável é o testemunho de um indivíduo que, após se reconhecer como dependente de jogos há mais de uma década, tornou-se membro ativo dos Jogadores Anônimos. Seu relato destaca como os jogos, inicialmente atraentes devido aos bônus e prêmios oferecidos, muitas vezes se transformam em armadilhas, aprisionando os jogadores por longos períodos.
Portanto, é essencial que se compreenda que a vida sem o vício do jogo é não apenas possível, mas também rica e digna. A conscientização e a educação são ferramentas chave para prevenir e tratar essa dependência, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado para todos.
“O Jogador” (em russo: “Игрок”) é um romance escrito por Fiódor Dostoiévski, publicado pela primeira vez em 1866. A obra é conhecida por sua exploração profunda da psicologia humana, especialmente no que diz respeito ao vício em jogos de azar.
Contexto e Enredo
O romance é ambientado em uma cidade fictícia de cassino na Alemanha e segue a vida de Alexei Ivanovich, um jovem tutor que trabalha para uma família russa aristocrática. Alexei é apaixonado por Polina, a enteada do General, chefe da família para a qual trabalha. Polina, por sua vez, está envolvida em uma relação complicada com um francês chamado De Grieux.
A trama se desenrola em torno das tentativas de Alexei de ganhar dinheiro no cassino para impressionar Polina e resolver os problemas financeiros da família. Ele se torna cada vez mais obcecado pelo jogo, o que leva a uma série de eventos dramáticos e, muitas vezes, trágicos.
Temas Principais
Vício e Autodestruição: O vício em jogos de azar é o tema central do romance. Dostoiévski explora como o vício pode consumir uma pessoa, levando-a a tomar decisões irracionais e autodestrutivas. Alexei é um exemplo claro disso, pois sua obsessão pelo jogo o leva a perder tudo o que tem.
Amor e Obsessão: A relação de Alexei com Polina é complexa e multifacetada. Seu amor por ela é uma mistura de paixão genuína e obsessão, o que o leva a tomar decisões impulsivas e muitas vezes prejudiciais.
Crítica Social: Dostoiévski também usa o romance para criticar a sociedade aristocrática russa e europeia da época. Ele mostra como a busca incessante por riqueza e status pode levar à degradação moral e pessoal.
Personagens
- Alexei Ivanovich: O protagonista, cuja vida é dominada pelo vício em jogos de azar e pelo amor obsessivo por Polina.
- Polina Alexandrovna: A enteada do General, objeto da afeição de Alexei, que também enfrenta seus próprios dilemas e conflitos internos.
- O General: Chefe da família para a qual Alexei trabalha, ele também é vítima de suas próprias fraquezas e ambições.
- De Grieux: Um francês que tem uma relação complicada com Polina e representa a decadência moral e a manipulação.
Estilo e Estrutura
Dostoiévski utiliza uma narrativa em primeira pessoa, permitindo ao leitor uma visão íntima dos pensamentos e sentimentos de Alexei. O estilo é marcado por uma prosa intensa e emocional, refletindo a turbulência interna do protagonista.
Influência e Recepção
“O Jogador” é considerado uma das obras menores de Dostoiévski, mas ainda assim é altamente valorizado por sua análise psicológica e crítica social. O romance foi escrito em um período de grande dificuldade financeira para Dostoiévski, o que se reflete na intensidade e urgência da narrativa.
A obra também teve um impacto significativo na literatura e na cultura popular, inspirando várias adaptações para o teatro, cinema e televisão.
Conclusão
“O Jogador” é uma obra fascinante que oferece uma visão profunda e muitas vezes perturbadora da natureza humana. Através de seus personagens complexos e temas universais, Dostoiévski nos convida a refletir sobre as consequências do vício, da obsessão e da busca incessante por riqueza e status.
Você já teve a oportunidade de ler este romance? Se sim, o que achou dele?
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