Blogue de Técnica de Redação elaborado pelo professor Eduardo de Araújo Teixeira com fins fundamentalmente educacionais.
domingo, 4 de novembro de 2018
4.11.2018 - ENEM e Redação
Fiz aula especial no sábado no Tatuapé, redações completas. Desenvolvi o tema Fake news, e no domingo, foi este tema que caiu no ENEM.
Tema da redação do ENEM é: manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.
Tema da redação do ENEM é: manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
REDAÇÃO. Tema: a influência dos aparelhos celulares no comportamento dos jovens
CELULARES: DESCONECTANDO VIDAS
A popularização dos aparelhos
celulares tem influenciado profundamente o comportamento dos jovens
do séc. XXI. Se para alguns é um mero símbolo de status,
para outros, trata-se um acessório indispensável capaz, contudo, de
induzir usuários à dependência.
Embora a primeira função dos
celulares fosse as chamadas telefônicas, o advento dos “smart
fones” os
aproximaram da multifuncionalidade dos computadores. Inicialmente
caríssimos, hoje são acessíveis às mais variadas classes sociais.
Diferente dos telefones fixos, entretanto, tornaram-se aparelhos
pessoais, íntimos como os antigos diários. A privacidade, contudo,
nunca esteve tão ameaçada por invasões virtuais, furtos de dados
e/ou aparelhos e divulgação de informações e vídeos íntimos por
terceiros.
Os jovens, cada vez mais
dependentes dos dispositivos,” terceirizaram” o conhecimento e a
memória, já que pouco se preocupam em decorar informações ou
números de familiares. Há hoje uma série de aplicativos exclusivos
para celulares, dos quais a maioria dos usuários se utilizam
frequentemente, como WhatsApp, GPS (Waze), Uber e Snapchat. Nunca se
produziu tantas imagens no mundo, já que a mania de “selfies”
(autorretrato) é marca de uma geração narcisista, extremamente
individualista, autocentrada; se não, alienada.
As redes sociais mais que
plataformas de encontros e trocas, tornou-se numa “vitrine de
vaidade” onde a popularidade é medida por números de “likes”
e “amigos” que raramente interagem de fato. Contraditoriamente,
tais perfis escondem não só solidões, carências, infelicidades,
mas também distúrbios. Os viciados em Facebook, Youtube e Instagram
se exibissem ora com faces felizes ora com mensagens de desespero.
Assim, celulares têm se revelado instrumentos de distração para
vidas vazias e, contraditoriamente, desconectadas do mundo real, das
relações reais e dos sentimentos reais.
A influência do celular no
comportamento dos jovens é um fenômeno irreversível. Devemos,
portanto, em vez de demonizar tal tecnologia, desestimular seu uso
compulsivo, a fim de minimizar sua influência. Se a orientação
familiar e debates em escolas são necessários, os ministérios da
Educação e do Esporte devem, igualmente, investir em espaços de
convivência e interação como centros culturais e parques. Promover
– via SUS – tratamento médico aos dependentes/viciados (com
suporte à família) é medida fundamental para que o usuário não
se torne um mero acessório de seu dispositivo.
[REDAÇÃO COLETIVA REALIZADA EM SALA DE AULA NO CURSINHO MAXIMIZE MAUÁ, orientação do Prof. Eduardo (Tema possível para o ENEM). Outubro de 2018.]
REDAÇÃO. Tema: O aumento de casos de DST's e HPV entre jovens e a demonização das vacinas
DST’s,
HPV e o vírus da ignorância
O aumento de casos de doenças
sexualmente transmissíveis (DST's), e em particular do Papiloma
Vírus Humano (HPV), tem alarmado os profissionais da Saúde.
Informar, conscientizar e efetuar medidas de prevenção e combate
mostram-se mais do que nunca necessárias.
Raras são as campanhas de
prevenção à gravidez precoce ou às DST’s no país, já que o
sexo permanece um assunto tabu na sociedade brasileira. Embora a
sexualidade seja um fator natural do desenvolvimento humano, os pais
não só se omitem sobre o assunto com os filhos, mas também impedem
que esse seja abordado em sala de aula. A disciplina de Educação
Sexual, por exemplo, inexiste na maior parte das escolas públicas,
visto que, a moral religiosa reprime o que julga “pecado”.
Se o Brasil se define como Estado
laico, como entender que dogmas e valores religiosos determinem
políticas que interferem na saúde de toda uma população?
Conscientizar torna-se, portanto, imprescindível. Dos quarenta tipos
de HPV que atacam as mucosas genitais e anais e comprometem a saúde
(já que geram verrugas e tumores), muitos podem ser prevenidos com a
vacina. Apesar dessa estar disponível na rede pública, ele tem
proliferado entre uma população jovem, já que pais recusam a
imunização, por a considerarem um estímulo à liberação sexual
dos filhos. O HPV, contudo, não distingue credo, grupo social, nem
cor.
Um perigoso movimento
anti-vacinação “viralizou” nas redes e nos grupos de WhatsApp.
Ele difunde factoides sobre a eficiência do tratamento e insinua
complôs de empresas farmacêuticos. Tal ataque dos ignorantes contra
ciências não é novo, a Revolta da Vacina enfrentada pelo
sanitarista Oswaldo Cruz no começo do séc. XX já o comprova. A
saúde da população, entretanto, não pode estar à merce da
desinformação, já que põe vidas em risco.
O combate ao HPV e a outras
doenças deve ser efetuado com objetividade e segurança; ainda que
contrarie obscurantismos religiosos, insensatez e preconceitos.
Vencer a desinformação conscientizando, é ação importante contra
retrocessos. O Ministério da Saúde deve promover, portanto,
campanhas nacionais frequentes (via mídia, escolas e associações),
além de fornecer vacinação gratuita no SUS, a fim de que os jovens
possam exercer sua sexualidade sem ameaça também do “vírus” da
ignorância.
[REDAÇÃO COLETIVA REALIZADA EM SALA DE AULA NO CURSINHO MAXIMIZE MAUÁ EM 2018, sob orientação do Prof. Eduardo (Tema possível para o ENEM)]
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