Celulares:
desconectando os usuários?
O aperfeiçoamento da
tecnologia de informação produziu dispositivos móveis que
influenciam profundamente a sociedade contemporânea. Hoje,
conectados, nossas relações afetivas, profissionais e acesso ao
entretenimento e à cultura passam, inevitavelmente, pelos nossos
celulares.
Facebook, Twitter, Instagram e
outras redes sociais projetam a nossa imagem para o mundo como nunca
antes. Isto não só dinamiza nossas relações interpessoais como
nos tornou mais expostos. Aplicativos de mensagens instantâneas
impõem a todo momento a “presença” de parentes, amigos e
amores. Embora distantes, nunca estivemos tão próximos, a ponto de
muitas vezes nos sentirmos violados em nossa liberdade.
O excesso de confiança nos
aparatos nos torna dependentes deles para as atividades mais banais,
como memorizar números telefônicos. Hoje, nem mesmo as atividades
profissionais terminam quando saímos do nosso expediente. Não é
raro sermos solicitados, após o horário, em nossos celulares, por
chefes, a fim de resolvermos pendências e atividades.
O
formato compacto, a atrativa tela de toque brilhante e colorida
popularizaram ainda mais os celulares. Jogar, fotografar, ouvir
música e navegar na rede superaram sua função de receber chamadas.
Hoje, nós os levamos não só onde vamos, mas para ambientes menos
apropriados como escola, cinema e teatro, já que “precisamos”
estar sempre atualizados das coisas mais supérfluas. Há uma
crescente carência de contato humano nesta sociedade, entretanto,
seguimos orgulhosos dos “likes” conquistados no ambiente virtual.
A influência dos celulares e
tábletes não pode ser facilmente medida, visto que estamos vivendo a
revolução digital. É inegável, todavia, que eles alteraram a
percepção e concentração do usuário comprometendo sua linguagem,
mais desconexa e fragmentada. Acreditamos que o uso mais consciente e
moderado permitirá que a tecnologia ocupe o seu devido lugar em
nossas vidas: o de mero acessório.
[Redação elaborada coletivamente em agosto de 2015, pela turma do Fuja do trânsito, do Cursinho Henfil de Mauá. Enviada por Amanda Cristina Souza, foi revista e reeditada pelo professor Eduardo, em 14/8. Tema: “Televisão: o quarto poder?”]
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