Tele/Visão: vendo a tv para
além do tela
A televisão brasileira tem uma
função importante em nossa sociedade. Para além de entreter,
informar e proporcionar o acesso à educação e à cultura, ela
deveria estimular o pensamento crítico do cidadão, mas não o faz.
Em termos de qualidade técnica,
a teledramaturgia brasileira é, reconhecidamente, uma das mais
sofisticadas do mundo. Embora eficiente para comover, tramas
repetitivas, padronizadas e maniqueístas reforçam preconceitos e
esteriótipos. O melodrama, forma narrativa popularesca e emotiva,
hoje, segue como nunca, a seduzir e enternecer "corações",
em detrimento da razão.
Noticiários, telejornais e
documentários informam diariamente a população sobre os fatos
importantes do país, entretanto, nem mesmo estes estão isentos de
interesses. Ainda que as emissoras sejam concessões públicas, a
avidez pelo lucro e pelo poder faz com que elas sejam usadas como
instrumento de manipulação para fins diversos. A narrativização
da notícia e a espetacularização da violência alienam o
espectador, já que impedem sua visão crítica sobre a realidade.
As emissoras educativas no
país, como TV Cultura, Canal Brasil e Futura, embora de grande
qualidade, têm os índices de audiência mais baixos, se comparadas
aos canais abertos. Atualmente, grandes compositores, músicos e
artistas perderam lugar nas programações para celebridades do axé
music, sertanejo universitário, forró e funk light. Os "reality
shows", em declínio no mundo, continuam populares no Brasil e
tiraram o espaço dos bons programas musicais e das minisséries
adaptadas de livros, já que a cultura se tornou, conforme seus
produtores, um artigo de luxo de baixa rentabilidade.
A televisão deveria desempenhar
uma nobre função social, porém está hoje a serviço de interesses
econômicos, políticos e ideológicos; já que controlada por uma
elite que visa, não apenas a alienar o telespectador, mas a obtenção
de poder. Sua regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser
definida, democraticamente, por diversos representantes da sociedade.
Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com
interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos
atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela
é.
[Redação
elaborada coletivamente em 4/08/2015, pela turma do extensivo noite
do Cursinho Henfil de Mauá. Enviada por Camila Martins, foi
revista e reeditada pelo professor Eduardo, em 12/8. Tema:
“Televisão: o quarto poder?”]
Possibilidades/variações do
último parágrafo (conclusão).
(01)
A nobre função que a tevê
deveria desempenhar serve hoje a interesses econômicos, políticos e
ideológicos; já que é controlada por uma elite que a usa, não
apenas para alienar o telespectador, mas para obter poder. Sua
regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser definida,
democraticamente, por diversos representantes da sociedade.
Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com
interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos
atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela
é.
(02)
A nobre função que a tevê
deveria desempenhar está hoje a serviço de interesses econômicos,
políticos e ideológicos; já que controlada por uma elite que visa,
não apenas a alienar o telespectador, mas a obtenção de poder. Sua
regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser definida,
democraticamente, por diversos representantes da sociedade.
Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com
interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos
atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela
é.
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