O mundo interno - em preto e branco - da sala de aula, onde crianças se encontram subjugadas, presas à cadeira, impedis de olhar para os lados, e com um aparato que insere ideias/teses determinadas e padronizadas (todos possuem o mesmo aparato) está em confronto com o mundo externo, indicado pela janela sem grade, em que o mundo é colorido, amplo e natural, aberto às possibilidades. Os balões de diálogo tratam de reforçar a mensagem, mas num viés de engajamento político, contrastando a ideia de que não há neutralidade no processo educacional, já que a escola é por si um processo de doutrinação. A garota na janela seria subversiva, já que não afeita ao comportamento padrão e aspiraria a uma liberdade que está além do espaço escolar e dos paradigmas dados/impostos. Mas interessante entender que o próprio quadrinho apresenta também um engajamento, um viés ideológico que não havia no texto original.
- Afaste-se da janela! Você não quer ser uma criança atrasada (em relação ao aprendizado dos amigos), quer?
- Soa bem para mim!
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