sexta-feira, 1 de novembro de 2019

REDAÇÃO. O empoderamento feminino e sua representação na mídia

Entre heroínas e divas: a força do “sexo frágil”

O modo como a mulher é representada nas mídias e nas artes no século XXI revela não só sua mudança comportamental, mas também seu novo posicionamento social.

O corpo da mulher sempre foi objetificado nas propagandas, já que “erotizado”, atraia o olhar do homem induzindo-o ao consumo. As mulheres, entretanto, não ficaram imunes, uma vez que passaram a reproduzir padrões inalcançáveis impostos por anseios masculinos. O cinema também as padronizou, ao retratá-las de forma infantilizada: sempre mocinhas "casadoidas" ou solteironas histéricas. 

Com a revolução industrial, urbanização das cidades e popularização de cinema e televisão, ora a mulher foi mostrada como rainha do lar, ora como “femme fatale” (destruidora de homens e lares). Se hoje figura como protagonista em “blockbuster de super-heróis” (como Mulher Maravilha, Capitã Marvel etc.), deve-se a seu reposicionamento na sociedade, visto que empenharam-se para obter espaço no mercado de trabalho, igualdade de direitos e maior autonomia.

Embora o conservadorismo patriarcal, as religiões dogmáticas e o machismo retrógrado procurem sabotar tais avanços, elas se fortalecem em um novo feminismo, a fim de ocuparem áreas de poder e decisão. “Divas” como Madonna, Beyonce, Angelina Jolie e Gisele Bündchen correspondem a esse modelo. Mulheres poderosas e progressistas são também empreendedoras bem-sucedidas, que conciliam - apesar de tantas atividades - família, maternidade e militância/ativismo político-social. 

Das sufragistas inglesas às figuras destemidas como Malala, o reposicionamento feminino na sociedade contemporânea reflete, portanto, a conquista de gerações de mulheres.  Há, contudo, uma cultura misógina a se combater. Assédio, violência (estupro e feminicídio), exploração sexual e diversas opressões precisam da aplicação de leis e penas severas. Por isso é fundamental uma parceria ampla da Justiça com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, para garantir amparo a vítimas, punição para os criminosos e programas de reintegração no mercado de trabalho. O estímulo à igualdade de gênero precisa tornar-se pauta do MEC, com fornecimento de material para debate e discussão dos jovens sobre esta questão em escolas de todo país. Além disso, ele deve fomentar campanhas nacionais de combate ao machismo (via mídia),ações necessárias para construção de uma sociedade mais justa e democrática que faça jus a todo potencial da mulher. 



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