quinta-feira, 11 de novembro de 2021

REDAÇÃO. Tema: Corrupção

A corrupção pressupõe o uso de autoridade e/ou poder para obtenção de benefícios, vantagens ilícitas, riquezas e status econômico e social. Segundo o filósofo francês Jean Jacques Rousseau: "O homem nasce bom, é a sociedade que o corrompe". Embora pareça uma verdade, o homem é essencialmente um ser social: impossível "construir-se" fora do convívio humano; portanto, vive sobre um conjunto de hábitos, regras, valores e crenças. A corrupção termina por ser inerente do ser humano, já que por natureza ele se rebela continuamente contra o estabelecido, a fim de "darwinianamente" se sobressair aos demais.
     
Para muitos, a corrupção nada mais é do que um desvio de caráter, resultado de uma formação moral falha. Quem a pratica viola normas estabelecidas que sabem ser prejudiciais a outrem ou à toda a sociedade. Suborno, propina, peculato, montagem de cartel e máfia para obtenção de benefícios pessoais ou para grupos são práticas comuns a países profundamente corrompidos. Escândalos de corrupção no Brasil, como o do Petrolão e do Mensalão expuseram as vísceras de um país tomado pela desonestidade da classe política e empresarial. O resultado disso é a pobreza da população, a precariedade dos serviços públicos e, no âmago dos brasileiros, um sentimento de indignação, raiva diante da injustiça, sentimento de impotência e uma enorme desesperança no futuro do país.

Colônia de exploração, sociedade escravocrata e  "republiqueta" sempre à mercê de golpistas e ditadores, o Brasil sofre desde a sua formação com o desrespeito à ordem social, visto que a impunidade reina soberana. A desigualdade social é resultado de séculos de violações éticas e morais. Nesse contexto, o "jeitinho brasileiro" nada mais é do que pequenas corrupções/transgressões daqueles que subjugados, descreem do poder da justiça. Diante do "Estado inimigo", fazem desses pequenos delitos, uma estratégia de sobrevivência.

A corrupção, portanto, além de um fator que amplia a desigualdade social é um crime e, como tal, precisa ser combatido. Cabe ao Estado criar mecanismos que investiguem, punam e coíbam sua prática. A fiscalização e controle - no caso do erário - deve ser rigorosamente aplicado em todos os setores, em particular pela Polícia Federal. Tal combate precisa se tornar público, a fim de que a população readquira a confiança no poder público.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

INTERPRETAÇÃO. O sentido literal