A sociedade do século XXI é caracterizada em grande parte pelo culto ao “eu”. Do narcisismo do Renascimento para as capas de revistas (para venda de produtos), até o exibicionismo das redes sociais: o o homem nunca foi tão egocêntrico como em nossos tempos.
Durante o Renascimento, a prática e expansão do comércio ultramarino enriqueceu toda a Europa e deu origem a uma nova classe: a burguesia. Se antes apenas monarcas e papas tinham condições de custear artistas, agora os novos-ricos queriam se eternizar em quadros e esculturas. A Monalisa, de Leonardo da Vinci é um exemplo de ostentação da riqueza, já que retrata a esposa de um rico comerciante italiano. Tal privilégio permaneceu inalterado até o advento da fotografia, uma vez que - antes restrita aos mais abastados, - retratar-se tornou-se mais acessível ao longo das décadas.
Embora a Arte vise expressar a grandeza humana, quase sempre ela fez da beleza inalcançável seu paradigma. A idealização do corpo migrou das estátuas gregas para as capas de revistas e passarelas, onde mulheres macérrimas se tornaram o padrão cultuado e difundido pela indústria da moda. A publicidade, porta-voz do Capitalismo, vende roupas, cosméticos, planos de academia e radicais procedimentos cirúrgicos para consumidores se "encaixem" nos padrões que ela própria impõe.
A ditadura da beleza não só nega a diversidade dos corpos, .
(CONTINUA
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