Um triste retorno
O mundo contemporâneo assiste, perplexo e com receio, ao ressurgimento de movimentos racistas que expressam sua intolerância contra homossexuais e minorias étnicas de forma extremada e violenta, com uso desde pichações, manifestos de cunho ultradireitista e até mesmo de atentados com bomba.
O nazismo e o fascismo têm suas origens na conturbada situação socioeconômica por que passaram países como Itália e Alemanha na década de trinta. Promessas de reconstrução nacional e prosperidade foram apoiadas pelas massas populares e culminaram na Segunda Guerra Mundial e, consequentemente, com a morte de milhões de judeus, imigrantes, homossexuais e outros grupos.
Dado por “extinto” no período pós-guerra, o ódio contra as minorias reacende-se hoje, inspirado no ideário hitlerista da “raça pura” e nas experiências de eugenia do início do século XX. Tal ódio se espelha em organizações de extrema-direita, a exemplo da norte-americana Ku Klux Klan (KKK), que fazem uso dos recursos modernos de comunicação, principalmente a Internet, um meio que propicia a livre difusão dessas ideias.
Permeiam o ressurgimento dos grupos racistas - inclusive no Brasil (contra os nordestinos) - problemas econômicos como o desemprego e a desestrutura social. Isso se deve ao fato de que crises políticas (escândalos de corrupção, por exemplo) e financeiras (como a Quebra da bolsa de valores) sempre foram usados para fomentar a disseminação de ideias discriminatórias absurdas. Nesse contexto, o discurso conservador - sempre nacionalista, saudoso de um passado glorioso idealizado - somado a pautas morais e religiosas tem enorme poder sobre as massas. E potencializado pelas mídias é facilmente assimilado por partes das novas gerações.
O fortalecimento de grupos de ódio não é um fato novo na história da humanidade. Preconceito/racismo, segregação e extermínio de minorias infelizmente nascem da ignorância e do temor alimentado portanto, apenas um processo educacional comprometido com a integração dos seres humanos e fundamentado em valores de caráter e dignidade humana podem refrear o racismo e impedir a influência de líderes com discursos antidemocráticos. Só quando o homem aprender a se reconhecer como igual teremos de fato um mundo "civilizado".
Nenhum comentário:
Postar um comentário