A vida não
é uma Disneylândia
Atualmente a política
internacional norte-americana tem revelado a sua face absolutista e
prepotente. A Doutrina Bush prega, com o pretexto de difundir
a democracia, a invasão de países, a interferência na economia do
Terceiro Mundo e impõe sua ideologia mercadológica-protestante para
humanidade.
Com o pretexto de
destituir Saddam Hussein do poder para se precaver das possíveis
armas de destruição em massa, os Estados Unidos invadiram o Iraque
apropriando-se, não apenas do governo, mas também de sua única
fonte de riqueza: o petróleo. Sem o aval da ONU, eles planejam
atacar nações (e não, “contra-atacar”) sempre que se sentirem
ameaçados. Coréia do Norte e Cuba são possíveis alvos. Vale
lembrar que não foram encontradas armas químicas ou biológicas no
Iraque; tampouco se comprovou a ligação entre o país e facções
terroristas de Osama bin Laden.
O Fundo Monetário
Internacional é um nefasto instrumento de controle do Terceiro
Mundo. Não somos um país em desenvolvimento, contrariando os
discursos oficiais benevolentes, seguimos sendo subdesenvolvidos,
pois submetidos, por meio desse órgão, a uma forte interferência
estadunidense; que estabelece “em que” e “como” nós, países
pobres, devemos usar o nosso dinheiro e conduzir a nossa política
interna.
Não bastasse o
controle político-econômico exercido sobre países pobres, no
Brasil somos bombardeados diariamente pela mídia hipnótica ianque,
pelo cinema, música, séries televisivas, desenhos e outros
instrumentos de difusão e manipulação ideológica. Miramo-nos em
um espelho alheio, mas a nossa realidade são operários
desempregados, favelas, infra-estrutura precária para saúde e
educação; violência galopante e, muitas vezes, fome. “Geração
coca-cola”, importamos, devido ao nosso inegável complexo de
inferioridade, sua moda, seu fast food, seu próprio idioma.
O imperialismo
norte-americano nada possui de novo, baseia-se no ataque, na invasão
e na espoliação de outras nações. Sempre foi assim, mas nunca
antes de forma tão pouco sutil. Presos na teia da aranha, aderimos à
ideia de igualdade (contudo, falsa); descartamos nossa própria
cultura, plagiamos o inimigo. Quebrar o espelho, ou deixá-lo
refletir a nossa própria imagem é saber quem somos; primeiro passo
para luta pela consolidação de nossa soberania, liberta do jugo da
dominação. Afinal, não somos uma Disneylândia.
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