A
imposição do silêncio
A censura é uma estratégia usada por quem detém o
poder para cercear a liberdade a outros, impor suas próprias regras e
manter-se soberano.
O silêncio nos é imposto desde a mais remota idade.
Submetidos à vontade dos pais, crianças e jovens, quase sempre, têm
suas opiniões ignoradas, quando não menosprezadas pelos adultos.
Tal condição irá se repetir na escola. A relação professor-aluno
é, frequentemente, assimétrica, pois o mestre impõe sua palavra e, na maior parte
das vezes, não aceita discordância, questionamento ou crítica.
Isto, comprova, portanto, que não somos educados para a prática do debate e da
democracia.
Há censuras de várias naturezas: religiosa, cultural,
político-ideológica e até econômica. Embora tenha conquistado
diversos direitos, a mulher, por exemplo, é silenciada
pelo homem nas sociedades patriarcais, impedida de crescer intelectualmente e/ou votar, fato
corrente em alguns países árabes. A livre expressão individual (ou
coletiva) é sempre uma ameaça ao poder opressor, arrogante e
reacionário que não admite vozes dissonantes.
As ditaduras militares sempre começam pela censura. A
perseguição à classe dos artistas, intelectuais e, principalmente,
à imprensa é o primeiro ataque à Democracia. No Brasil, o governo
atual tem reiterado sua aversão à imprensa, visto que esta denuncia
atos de corrupção, nepotismo, jogo de interesses, desvio de verbas,
enriquecimento ilícito de políticos petistas e aliados. Embora não
seja um fato novo a corrupção política no país, o fortalecimento
do sistema democrático garante hoje a liberdade de imprensa, cuja
função é informar, alertar e conscientizar o cidadão. Infelizmente, ela nem sempre está comprometida com a verdade dos fatos, muitas vezes servindo a interesses escusos
A liberdade de expressão é um direito que assiste a
todos nós, homens, mulheres e crianças. Quem é privado desse
direito é destituído de sua própria individualidade, posto à
margem e/ou excluído do poder de decisão. Precisamos, portanto,
estimular o diálogo desde a infância, respeitando a opinião de
cada um, seja na família ou na sociedade.
[Redação realizada em sala de aula (Mauá/turma manhã) em 23.09.2009. Tema "Censura e Poder" (Revista em 2.12.09 e novamente em 11.05.15, pelo Prof.
Eduardo)
OBSERVAÇÕES
O
tema da redação era "Censura"
Tipo
de texto: dissertativo argumentativo
Estrutura:
texto composto em cinco parágrafos
Linhas:
30 linhas
Linguagem:
formal
Abordagem:
uso da primeira pessoa do plural (nós) no último parágrafo para
reafirmar a perspectiva crítica do estudante sem favorecer
subjetivismo ou emotividade excessiva.
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