quinta-feira, 3 de novembro de 2022

POR REVISAR

TEMA: A PRIVACIDADE CORROMPIDA EM TEMPOS DE ONIPRESENÇA DAS REDES SOCIAIS 

   A popularização das redes sociais facilitou a obtenção de dados de diversos usuários, o que resultou numa perda de privacidade sem precedentes. A superexposição do internauta, seu desconhecimento dos perigos cibernéticos e, principalmente o uso indevido de informações pelas grandes empresas de 'bigdatas' corroboram tal problema. 
   A partir do advento da internet, houve uma expansão de usuários entusiastas pouco, ou nada, previdentes; já que desconheciam os riscos da exposição de dados pessoais na 'web'. Embora hoje haja muitos relatos de crimes 'online' (assédio virtual, 'cyberbullying', sequestro de dados, chantagem e golpes), alguns seguem de modo tolo ou intencional a se mostrar ostensivamente nas plataformas. 
   Os aparatos digitais móveis viabilizaram/amplificaram o uso das redes sociais. De telespectadores passivos, os homens passaram a produzir e replicar imagens, vídeos, textos etc; não só pessoais, como íntimos. Por desconhecimento da ineficácia do descontrole das empresas muitos viram seus dados vasados e/ou se tornaram vítimas de fraudes. Se as telas são essenciais na contemporaneidade não há garantia de que os dados não sejam violados, até mesmo intencionalmente, conforme apresentado no documentário ''Dilema das Redes'' (Netflix, 2020). 
   ''Se você não está pagando por nada, então você é o produto'', diz uma máxima que circula na internet e que explicita a relação de mercantilização do indivíduo no século XXI. O resultado dos algoritmos que mapeiam incessantemente as atividades online é o lucro, maximizado pela dependência que os aplicativos geram. Mesmo ciente de ser rastreado, manipulado, monitorado e negociado, quem é capaz contudo, de abdicar do seu eletrônico?
   O fim da privacidade nas redes sociais não deve ser um dado irreversível, visto que é fundamental a criação de leis que regulamentem os limites das grandes empresas 'bigdatas'. Portanto cabe aos internautas exigirem de seus governos que tomem ação sobre o problema relatado, visando um ambiente virtual mais seguro e menos nocivo.

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INTERPRETAÇÃO. O sentido literal