No filme “minha mãe é uma peça 3”, Juliano, filho de da protagonista, oficializa sua união com seu companheiro. Como no filme, apesar do profundo preconceito sofrido ainda hoje pela comunidade LGBTQIA+, novas configurações familiares se aprenderam em sintonia com os novos tempos; embora muitos vejam nisso uma degradação moral e tentem reverter diversas avanços legacia, a tolerância tem diminuindo com as novas gerações.
Em primeiro lugar, o modelo tradicional de família é composto por um pai provedor, uma mãe abnegada e filhos subservientes se choca com a realidade socioeconômica do Brasil no século XXI. Se nos comerciais de margarina esse modelo “ideal” ainda vige, é por que em meios tradicionais há uma necessidade de evitar polêmicas com o público religioso e conservador. O Brasil com tudo é um país de mães solos, mais mátria do que pátria, com índice em decréscimo de natalidade e casamento formais.
Em segundo lugar, o conceito de família precisou de expandir, a fim de corresponder a uma realidade que em que pessoas não desejam mais se enquadrar em normas impostas pela lei, pela igreja, pela moralidade alheia. Casais sem filhos, pais solos, casais homoafetivos e trans, tutores, irmãos e avós tutores, além de famílias interpoladas, precisam por tanto usufruir dos mesmos direitos/garantias das demais. Combater a descriminação e o preconceito de grupos reacionários cuja intento é invalidar suas conquistas tem se tornado indispensável.
As novas configurações famílias não refletem perda de valores, ao contrário revelam uma sociedade menos intolerante à diversidade que legitima laços afetivos mais autênticos, não restrito aos consanguíneos. Por tanto, cabe ao ministério da justiça garantir a aplicação de leis a todas as famílias, a fim de que a equidade esteja presente em todos os “lares”. É importante que o cidadão eleja representares que impeçam ações preconceituosas que visem à retirada sobre o pretexto moral, para que assim como no filme todos possam expressar a sua atividade sem interdição.
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