domingo, 13 de novembro de 2022

REDAÇÃO FEITA COLETIVAMENTE EM SALA EM AGOSTO/2022

Tema: Como combater o genocídio indígena no Brasil (modelo FUVEST)

Todos nós, brasileiros, temos uma dívida histórica com os povos originários pela diversidade étnica, linguística e cultural que nos legaram. De certo modo, “nós” também somos “eles”. Entretanto, nosso afastamento cultural faz com que não só desvalorizemos nossas raízes indígenas, mas também sejamos omissos em relação ao seu genocídio, capitaneado pelo desmatamento, pela ameaça do narcotráfico e pela negligência governamental.

A colonização portuguesa foi extremamente selvagem e sanguinária, visto que impôs sua religião sobre os povos indígenas, escravizou-os para extração do pau-brasil, promoveu seu escorraçamento do litoral e exterminou (até com epidemias) nações inteiras. Passados mais de cinco séculos, tal etnocídio permanece em curso. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), hoje os indígenas representam 0,47% da população brasileira e usufruem apenas de 13% do território nacional.

Tanto o escritor romântico José de Alencar, autor de “Iracema” e de “O Guarani”, como autores modernistas apropriaram-se da imagem do índio não só para efetuar a refundação mítica do Brasil, mas para definir o caráter nacional brasileiro. Apesar de obras impactantes como “Macunaíma” e “Cobra Norato” - e do conceito de antropofagia - os modernistas, mesmo que mais críticos, assim como seus predecessores, ignoraram - ou melhor: omitiram - o genocídio dos povos originários, optando por apagar sua imagem real/original e favorecendo uma visão idealizada, distorcida e irreal.

Em suma, a dívida histórica que temos com os povos originários é imensa e inegável. Se em 19 de abril comemora-se o Dia do Índio, pouco há a se celebrar. Além do desmatamento da Amazônia, indigenistas, ONGs e ativistas ecológicos apoiadores da causa indígena estão igualmente sendo “caçados” e mortos por narcotraficantes, madeireiros, grileiros e garimpeiros ilegais. Mais que negligente, o governo atual estimula tais crimes já que a própria sociedade alienada não se solidariza com a causa.  Portanto, é imperativo que a sociedade brasileira reconheça e enfrente essas injustiças, promovendo a valorização e proteção dos povos originários e suas culturas.





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