A série "Sex Education" narra a vida de Ottis, filho de uma psicóloga sexual. Durante a narrativa, nota-se como a mãe trata o sexo como um assunto do cotidiano. O protagonista, acostumado com a naturalidade com que o assunto é discutido em sua casa, aproveita-se desse conhecimento para auxiliar colegas da escola, em troca de dinheiro. O sucesso de público do seriado da plataforma Netflix explica-se, dentre outros motivos, pelo desejo que os jovens têm de falar sobre sexo, o que nem sempre vem acompanhado da cautela necessária para vivenciar a sexualidade de modo seguro, sendo capaz de evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Tal fato se explica pelos tabus construídos socialmente em torno do sexo e pela ausência de projetos educacionais voltados para a educação sexual dos jovens.
Fundamentalmente, os brasileiros, como tantas outros povos influenciados pelos valores cristão, têm enorme dificuldade em falar sobre sexo com naturalidade. A formação cultural brasileira, fortemente marcada pelo catolicismo e mais recentemente pelo protestantismo neopetencostal, apresenta-se como uma enorme barreira para o debate sobre sexo entre pais e filhos, em face das muitas proibições e restrições acerca da sexualidade que são impostas por dogmas religiosos (como a condenação da homossexualidade ou sobre a virgindade antes do casamento). Sem abertura para estabelecer um debate em suas casas, muitos jovens acabam iniciando suas vidas sexuais sem estarem munidos de informações fundamentais sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, e acabam se contaminando.
Um importante contraponto à falta de um debate franco, estabelecido em casa, a escola deve cumprir o seu papel de informar os jovens, mas isso não vem acontecendo no Brasil. O fato de não ser previsto na base curricular o ensino de educação sexual torna o debate sobre esse assunto uma iniciativa isolada de alguns docentes. Muitos deles, inclusive, sofrem pressão da sociedade e de representantes do poder público para abandonar essas pautas, sob a alegação de que a sexualidade dos jovens não diz respeito à escola, mas à família. Iniciativas com a da ministra Damares Alves, que propôs a abstinência sexual aos jovens como política educacional da área, ignoram os riscos de se negligenciar essa pauta, especialmente no que diz respeito à contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, que vitima milhões de jovens pelo mundo.
É observável que a educação deficiente no que diz respeito à sexualidade leva os jovens a contraírem doenças sexualmente transmissíveis, em especial o HIV. Os tabus sociais, fortemente influenciados pelos valores religiosos, acentuam essa problemática.
[Redação nota máxima (28 pontos) na Vunesp 2020]
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EMBORA TENHA OBTIDO NOTA MÁXIMA, A REDAÇÃO APRESENTA UMA SÉRIE DE PROBLEMAS, PRINCIPALMENTE SINTÁTICOS (FRASES LONGAS DEMAIS E COM ERRO DE COERÊNCIA/COESÃO PELO EMPREGO ERRÔNEO DOS GERÚNDIOS). ALGUNS DESSES "PROBLEMAS", DESTAQUEI EM NEGRITO. ABAIXO, APRESENTO O TEXTO REVISADO E COM OUTRAS MUDANÇAS PARA TORNÁ-LO MAIS "FLUIDO".
A série "Sex Education" narra a vida de Ottis, filho de uma psicóloga sexual. Durante a narrativa, nota-se como a mãe trata o sexo como um assunto do cotidiano. O protagonista, acostumado com a naturalidade com que o assunto é discutido em sua casa, aproveita-se desse conhecimento para auxiliar colegas da escola, em troca de dinheiro. O sucesso de público do seriado da plataforma Netflix explica-se, dentre outros motivos, pelo desejo que os jovens têm de falar sobre sexo, o que nem sempre vem acompanhado da cautela necessária para vivenciar a sexualidade de modo seguro. Isso incapacita muitos jovens de evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Tal fato se explica pelos tabus construídos socialmente em torno do sexo, o que resulta na ausência de projetos educacionais voltados à educação sexual dos jovens.
Fundamentalmente, os brasileiros, como tantas outros povos influenciados pelos valores cristão, têm enorme dificuldade em falar sobre sexo com naturalidade. A formação cultural brasileira, fortemente marcada pelo catolicismo -- e mais recentemente pelo protestantismo neopetencostal, -- apresenta-se como uma enorme barreira para o debate sobre sexo entre pais e filhos. Isso se deve em face das muitas proibições e restrições acerca da sexualidade que são impostas por dogmas religiosos (como a condenação da homossexualidade ou sobre a virgindade antes do casamento). Sem abertura para estabelecer um debate em suas casas, muitos jovens iniciam suas vidas sexuais sem estarem munidos de informações fundamentais sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, e acabam por se contaminarem.
Um importante contraponto à falta de um debate franco estabelecido em casa, a escola deve cumprir seu papel de informar os jovens, mas isso não tem acontecido no Brasil. O fato de não ser previsto na base curricular o ensino de educação sexual torna o debate sobre esse assunto uma iniciativa isolada de alguns docentes. Muitos deles, inclusive, sofrem "pressão" da sociedade e de representantes do poder público para abandonar tais pautas, sob a alegação de que a sexualidade dos jovens não diz respeito à escola, mas à família. Iniciativas com a da ministra Damares Alves, que propôs a abstinência sexual aos jovens como política educacional da área, ignoram os riscos de se negligenciar essa pauta, especialmente no que diz respeito à contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, que vitima milhões de jovens pelo mundo.
Observa-se, portanto, que a educação deficiente no que diz respeito à sexualidade leva os jovens a contraírem doenças sexualmente transmissíveis, em especial o HIV. Os tabus sociais, fortemente influenciados pelos valores religiosos, acentuam essa problemática.
[Redação nota máxima (28 pontos) na Vunesp 2020]
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