População em situação de rua no Brasil
Na clássica canção "Saudosa Maloca", de Adonirã Barbosa, um morador de rua lamenta a perda do casarão abandonado que compartilhava com outros amigos desvalidos. Para além da canção popular, o problema do aumento da população em situação de rua no Brasil tem se agravado continuamente, ainda mais em decorrência da pandemia da Covid-19. Compreender as raízes do problema, assim como seu impacto na sociedade, é necessário para combatê-lo.
O Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo, embora seja economicamente rico. A desigualdade social extrema, com alta concentração de renda nas mãos de poucos, reflete-se no enorme contingente de pessoas ocupando as ruas, principalmente nas metrópoles do país. Se a ausência de políticas de moradia e assistência/inclusão desse grupo social foi uma prática intencional do atual governo, as medidas de isolamento social agravaram ainda mais o problema.
Conforme dados divulgados no jornal da Unesp, de 2019 a 2021, houve um aumento de 31% de pessoas lançadas às ruas. A solidariedade foi fundamental, já que igrejas, ONGs, sociedades privadas e particulares se mobilizaram para fornecer alimentos, roupas e remédios a eles. Isso, contudo, não foi suficiente, visto que casos como o da "Cracolândia" (enorme grupo de dependentes químicos em circulação em São Paulo) representam um desafio crônico para múltiplos governos. Vistos como párias sociais por boa parte do Brasil, ou seja, encontram-se marginalizados como não-cidadãos destituídos de sua humanidade, jogados à mendicância, à coleta de lixo, tendo quase sempre cães por companhia (sendo o latrocínio o último recurso).
O grave aumento de pessoas em situação de rua, portanto, é um problema social que precisa ser combatido por meio de políticas públicas. Cabe ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos estabelecer programas emergenciais de apoio socioeconômico a esses cidadãos, com abrigos que forneçam acesso a alimentação e saúde, a fim de garantir sua sobrevivência. Urge, contudo, reintegrá-los à sociedade por meio de programas de desintoxicação e profissionalização. Reduzir a desigualdade no país será a grande ação pós-pandemia para que a canção de Adonirã fique definitivamente no passado.
REVISADO E REESCRITO EM NOVA VERSÃO
A canção "Saudosa Maloca", de Adonirã Barbosa, retrata a dor de um morador de rua pela perda do casarão abandonado onde vivia com outros amigos em situação de rua. Infelizmente, a realidade da população em situação de rua no Brasil só tem se agravado, especialmente em decorrência da pandemia da Covid-19. Para enfrentar essa questão, é crucial entender as suas raízes e o seu impacto na sociedade.
O Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo, mesmo sendo economicamente rico. Essa desigualdade extrema se manifesta no grande número de pessoas que vivem nas ruas, principalmente nas grandes cidades. A falta de políticas públicas de moradia e assistência/inclusão social para esse grupo é uma prática que tem sido agravada pelo atual governo, e a pandemia tornou a situação ainda mais crítica. De acordo com dados do jornal da Unesp, entre 2019 e 2021, houve um aumento de 31% de pessoas em situação de rua no Brasil.
Atualmente, igrejas, ONGs e mesmo empresas privadas têm mobilizado esforços para fornecer alimentos, roupas e remédios às pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. No entanto, tais iniciativas ainda são insuficientes para lidar com casos como o da "Cracolândia" em São Paulo, - que por entrelaçar pobreza e dependência química, - representa um desafio crônico para o governo paulista. Infelizmente, a maioria das pessoas em situação de rua é vista como uma vergonha social. Marginalizados, não apenas são vistos como "cidadãos de segunda classe", mas destituídos de sua humanidade. Assim, muitos terminam por mendigar, coletar lixo para obter algum dinheiro; e em casos extremos, cometer roubos para sobreviver ou sustentar o vício em drogas. Muitas vezes, seus únicos companheiros são animais de rua.
O aumento do número de pessoas em situação de rua é um problema social grave que exige ações urgentes do governo. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve estabelecer programas de apoio socioeconômico emergenciais, incluindo abrigos com acesso à alimentação e saúde para garantir a sobrevivência dessas pessoas. Além disso, é fundamental reintegrá-las à sociedade por meio de programas de desintoxicação e qualificação profissional. Reduzir a desigualdade social no Brasil é a ação mais importante a ser tomada após a pandemia para que a canção de Adonirã fique definitivamente no passado. Ainda há muito a ser feito, mas é essencial agir agora para mudar essa realidade.
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