terça-feira, 29 de setembro de 2015

REDAÇÃO. Tema: consumismo.


IDEIAS. A perseguição de jovens negros nas praias do Rio


"Sou negro. Neste momento estou trajando bermuda de praia e camiseta. Estou em Copacabana. Vou correr na areia da praia. Não levarei dinheiro, nem documentos. Segundo a lógica carioca posso ser preso, levarei um tiro ao correr ou vou apanhar de um justiceiro. Para você que acha que me faço de vítima: essa é a minha realidade. Enquanto você tem medo de ir à praia e perder seu Iphone, eu tenho receio de morrer. Não é justo pra ninguém, correto? Só que durante TODA a vida fui "confundido" com bandido apenas por ser negro. Meu mundo é assim. A toda hora ter que provar que sou honesto. 
Caso eu morra não terão protestos nas redes sociais, nas ruas, na mídia. Serei mais um preto. Lamentarão a família e os amigos. E você? Tem medo de que?"

Texto de Ernesto Xavier, escrito no dia 24/09/15 e compartilhado pelo Movimento de Organização de Base

Foto: 22/03/07, Morro da Mangueira (ZN do Rio), protesto pelo assassinato de um morador da comunidade. Fotógrafo: Gabriel de Paiva.


IDEIAS. Refugiados barrados na Hungria


Uma estranha imagem cristã.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

IDEIAS. Invervenção artística na cédula monetária


Circula pelas redes sociais imagens de cédulas de real que sofreram intervenção de um artista anônimo. Ele cria "balões de diálogo" (comum em quadrinhos) que tem por emissora a figura de Hera Moneta (impressa nas cédulas). O discurso presente é sempre político, denunciando alienação, pondo em questão preconceitos, uma visão crítica ou sobre o país ou, genericamente, sobre o poder do dinheiro/capital. Há nisto uma dupla subversão, não só por ser crime "rasurar as cédulas de dinheiro do país", mas por fazer uso de um instrumento oficial capitalista - o dinheiro - para criticar seu uso e seu domínio sobre as massas.

Nesta cédula em questão: "Você não está sendo oprimido quando um grupo ganha direitos que você sempre teve", a frase enfatiza que a conquista de direitos por uma minoria é um fator de justiça, pois visa igualdade social, não devendo por isso ser combatida ou rechaçada por um grupo (provavelmente trata da elite econômica) que sempre esteve no poder. O fato de fazer circular a mensagem numa nota de cinco reais, e não de maior valor, reforça a ideia de que - embora o texto aparentemente seja destinado à elite - o verdadeiro destinatário é o cidadão mais pobre, como forma de conscientizá-lo sobre a existência daqueles que se opõem às conquistas de direito numa sociedade profundamente excludente, como é a brasileira. 

IDEIAS. Fotografias históricas dos primórdios do Brasil





IDEIAS. Capa da adaptação de A metamorfose, de Franz Kafka


     O capa de uma nova tradução em inglês para novela do escritor tcheco Franz Kafka é engenhosa, por sua aparente simplicidade. Através do grafismo tipográfico, as letras foram dispostas de maneira a representar o desenho de um inseto. Ela alude, portanto, ao enredo do livro, no qual o protagonista - Gregor Samsa - sem qualquer explicação lógica, acorda, certo dia, transformado num enorme inseto. Assim, a M E T A M O R P H O S I S se faz presente desde a capa, o título do livro convertendo-se também num inseto.   

IDEIAS. Charge sobre a desvalorização do artista.


A ironia está no fato de mostrar que desde a mais remota era, os artistas são "vistos" como desocupados, pois não cumprem atividades objetivas, funcionais e práticas.

REDAÇÃO. TEMA: "Novas Configurações Familiares"

Laços de família e alguns nós

As novas configurações familiares têm gerado complexas discussões no país devido ao fato de envolver questões religiosas, morais e de direito.
O Brasil é um pais laico em teoria, já que a religiosidade, principalmente a cristã, norteia grande parte das relações e comportamentos. Atualmente, políticos mais conservadores apregoam a necessidade de preservação da família tradicional brasileira, como se ela não se fundamentasse na união de afetos. Para muitos hipócritas, questões como união homoafetivas, defesa de gênero e militância pró-aborto a ameaçam, como se o respeito à diversidade e direitos legais das minorias atacasse, de algum modo, a instituição familiar.
O moralismo burguês e retrógrado, pilar de uma sociedade patriarcal, machista e excludente, insiste em valorizar velhos estereótipos de família. O marido provedor, no controle racional da casa; a mãe amorosa, abnegada e grande cozinheira, ambos rodeados de filhos dóceis e submissos, provavelmente só existam, hoje, em comerciais de margarina. Muitos, contudo, não abdicaram ao matrimônio, embora o divórcio tenha implodido uniões tidas como ideais.
O casamento é uma instituição legal e, portanto, um contrato sujeito a normas, direito e deveres. Garantias jurídicas como divórcio, divisão de bens, pensões e herança não podem ser restritas a uniões heteronormativas. Hoje, casais gays, por meio da união estável (recentemente legalizada no Brasil), gozam, em teoria, dos mesmos direitos dos demais; enfrentaram, contudo, na prática, enormes dificuldades em casos de adoção de crianças.

As discussões em torno dos novos modelos de família têm resultado em medidas mais democráticas, proteção e garantias legais às minorias e respeito à diversidade sexual, já que fundamentadas na liberdade individual. Acreditamos que uma sociedade mais justa só se fará, portanto, a partir da superação de preconceitos, justificativas psedorreligiosas ou moralistas; afinal, apesar de embaraços e nós, são os laços de amor que mantém vivas todas as famílias. 


[Redação feita coletivamente, em setembro de 2015, pela turma do Extensivo, MAXIMIZE/Noturno. Enviada por Larissa Miranda. Ela foi reeditada e revisada pelo professor Eduardo, em setembro de 2015 e revisto em 22/10/2015. Tema: “Novas configurações familiares”]

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