domingo, 19 de junho de 2022

REDAÇÃO. Parágrafo inicial sobre o tema: Arquitetura hostil (modelo Enem)

Recentemente, o padre Júlio Lancelotti quebrou a marretadas pedras postas pela própria prefeitura sob um viaduto em São Paulo. Tal ação visava não só liberar um espaço abrigável à população de rua, mas também protestar contra a prática da arquitetura hostil. A partir desse contexto, é fundamental entender o que motiva a arquitetura hostil e o principal impacto para a sociedade dessa forma de exclusão dos mais pobres nas metrópoles brasileiras.

A arquitetura hostil é um tipo de design urbano que visa impedir ou dificultar o uso de espaços públicos por determinados grupos de pessoas, como moradores de rua ou jovens. Ela pode incluir a instalação de pedras ou outros obstáculos em áreas onde as pessoas costumam se abrigar ou sentar, ou a remoção de bancos e outros assentos em espaços públicos.

Essa prática é controversa e tem sido criticada por ativistas e defensores dos direitos humanos por ser uma forma de exclusão social. Em vez de resolver os problemas subjacentes que levam as pessoas a viver nas ruas, a arquitetura hostil simplesmente tenta tornar esses espaços menos acessíveis e confortáveis para elas.

Uma possível intervenção para solucionar esse problema seria o Ministério das Cidades investir em políticas públicas que visem combater as causas da pobreza e da falta de moradia. Isso poderia incluir medidas como a construção de moradias populares, programas de assistência social e geração de empregos. Essas medidas poderiam ser implementadas em parceria com governos estaduais e municipais, organizações não governamentais e empresas privadas. O objetivo seria promover o acesso à moradia digna e reduzir a desigualdade social.

Em conclusão, a arquitetura hostil é uma prática excludente que não resolve os problemas subjacentes da pobreza e da falta de moradia. É preciso que o Ministério das Cidades invista em políticas públicas efetivas para combater essas questões e promover o acesso à moradia digna para todos.

Redação. Um início no modelo ENEM.

Num “show” recente, uma dupla sertaneja bastante popular fez uma crítica aos artistas que fazem uso da lei Rouanet, e que se promovem com ações polêmicas, já que eles "só faziam uso do seu próprio talento artístico com canções em sintonia com seu público". Há nessa fala uma crítica implícita aos artistas de esquerda, visto que atribui-se a eles enriquecimento ilícito através do dinheiro público. Denúncias posteriores de cachês altissimos pagos à sertanejos por prefeituras miseráveis do interior do Brasil, inflamou o debate e pôs em questão a ombridade de artistas que se dizem "do povo", mas que na prática visam tão somente seus próprios interesses.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Texto de Janine Ribeiro

Um pouco de história recente. 

A extrema direita nos EUA apostou nas "guerras culturais" desde os anos 90 para mobilizar um público de gente sem rumo, uns assustados pela perda do emprego ou do nível de vida.

Mobilizou-os dizendo a eles que perderam o nível de vida por causa de chicanos, gays, imigrantes ilegais, mulheres que não queriam mais ser só donas de casa. 

Aqui foi 20 anos depois, com a ideologia de gênero, a mamadeira de piroca e muita coisa mais.

O segredo é simples: transformar uma privação econômica em revolta contra o Outro, o historicamente discriminado, que é mentirosamente apresentado como um aproveitador. Ou seja, reativar os preconceitos tradicionais que estavam e estão sendo contestados.

Dá para entender o ódio contra Paulo Freire, o grande educador da emancipação e da liberdade pessoal e coletiva?? Dá para entender por que isso começa quando o Congresso está debatendo o Plano Nacional de Educação??

A coisa fica perfeita quando justamente as vítimas (p ex, estudantes cotistas, populações LGBT, mulheres) são apontadas como causadores do sofrimento de uma suposta maioria silenciosa. 

O que traz um adicional: você, sofrido por questões econômicas, padecendo por conta das políticas neoliberais, é empoderado por um ficticio pertencimento  a uma grande comunidade de pessoas "do bem". Exemplo fácil: homens que acham difícil entender e aceitar direitos iguais das mulheres, negros e gays. (Pode ser difícil sim, mas é justo haver liberdade para todos. Saímos todos ganhando com isso!).

A chave, porém, é desviar a discussão dos problemas sociais para uma suposta moralidade.

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  Ambiente/Cenário/Contexto: máquina automática de reposição automática de profissionais coisificados Foco: personagem: profissionais à vend...