segunda-feira, 24 de julho de 2017

Expressões idiomáticas ilustradas


Imagens extraídas do livro Pequeno Dicionário Ilustrado de Expressões Idiomáticas de autoria de Everton Ballardin e Marcelo Zocchio.

TEMA. Provérbio, ditos populares e significados

DITADO
SIGNIFICADO
O pior cego é o que não quer ver
Diz-se da pessoa que se nega a ver a verdade.
Salvo pelo gongo
Escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.
De cabo a rabo
Total conhecedor. Conhecer algo do começo ao fim.
Casa de mãe Joana
Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.
Nhenhenhém
Conversa interminável, resmungo, rezinga.
Pensando na morte da bezerra
 Estar distante, alheio a tudo.
Santinha do pau oco
Pessoa que se faz de boazinha, mas não é.
Cair no conto do vigário
Ser enganado por algum vigarista.
Ficar a ver navios
Esperar em vão.
Do arco-da-velha
Coisas inacreditáveis, absurdas.
Chato de galocha
Pessoa chata, insistente, resistente.
Do arco da velha
Coisas absurdas, inacreditáveis.
Bicho-de-sete-cabeças
Colocar dificuldades em uma tarefa fácil.
Com o rei na barriga
Pessoa egoísta e que se valoriza demais.
Ver passarinho verde
Felicidade, apaixonado.
Com a corda toda
Agitado, frenético, todo de si.
Tapar o sol com a peneira
Tentar uma evidência óbvia de alguma asneira.
Apressado come cru
Pressa, precipitação
Pagar o pato
Pagar por algo que não fez, sem nada em troca.
Com a corda no pescoço
Pressão financeira, ameaçado, sufoco.

sábado, 22 de julho de 2017

IDEIA. Sobre a manipulação das imagens



Nenhuma imagem é inocente, e o recorte de uma imagem (ou apenas deslocada do seu contexto original) reconfigura/redefine seu significado. Já o uso que fizerem dela, está a serviço das ideologias, das políticas, dos interesses. Um recorte nesta imagem evoca tanto solidariedade (a da direita) ou violência/covardia (a da direita), central ela se mostra instigante, da mesma forma, um sujeito capturado, na mira da arma mas, ao mesmo tempo, sendo socorrido por um segundo soldado. Fora do contexto, não sabemos onde, como e quando, e portanto, nos é vetado seu pleno significado. Uma simples legenda poderia dar-lhe significado ou viola-lo, ela em si, não carrega "sua verdade". O real é inapreensível.

sábado, 15 de julho de 2017

As quatro virtudes cardinais


Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana existem quatro virtudes cardinais/cardeais que polarizam todas as ou­tras virtudes humanas. O conceito teológico destas quatro virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado por Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás de Aquino.

Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina".

As virtudes cardeais são quatro:

A PRUDÊNCIA (“sapientia” ou sabedoria), dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida", sendo por isso considerada a virtude-mãe humana;

A JUSTIÇA, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido;

A FORTALEZA (força ou coragem) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;

A TEMPERANÇA (ou moderação) que "modera a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados", sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres.












* Essas virtudes "cardinais" não são o mesmo que a trindade de "virtudes teológicas" ou "teologais" da FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE. Juntas, elas englobam o que é conhecido como as virtudes celestiais ou algumas vezes as sete virtudes cardinais.

sábado, 8 de julho de 2017

REDAÇÃO. Tema: gravidez na adolescência

PELO EXERCÍCIO PLENO DA SEXUALIDADE

Muitas adolescentes engravidam todos os anos no Brasil. Isso ocorre por ausência de diálogo na família, falta de informação e até mesmo por imaturidade de muitos jovens.

  O sexo é um assunto tabu na sociedade brasileira; já que envolve questões morais, éticas e religiosas. Raramente, pais e filhos estabelecem um diálogo franco sobre o assunto; o que faz com que muitos jovens aprendam sobre sexualidade com pessoas tão ou mais inexperientes que eles.

  Embora tenha havido mais investimento em educação nas últimas décadas, poucas são as instituições de ensino que apresentam a disciplina de Educação Sexual. Se vivemos hoje na era da informação, contraditoriamente, nossos jovens são pouco esclarecidos quanto a métodos contraceptivos, posto que não há campanhas nacionais de combate à gravidez precoce e às DST's.

   Os adolescentes são por natureza mais ousados e impulsivos. A libido não é a única causadora da imprudência, já que muitas vezes a iniciação sexual precoce  se faz por pressão do grupo social. Por imaturidade, jovens dispensam o preservativo, engravidam para “prender” o parceiro num relacionamento ou para se emanciparem do controle dos pais. A falta de oportunidades de trabalho e/ou estudo também leva a ações inconsequentes. Não podemos esquecer que, provenientes de famílias desestruturadas, para muitas jovens, engravidar é uma estratégia de sobrevivência para carências extremas.

      O combate à gravidez precoce exige medidas político-sociais, não se trata, portanto, de uma questão individual. Estimular o diálogo familiar com campanhas nacionais preventivas que visem a atrair e envolver os pais nos debates escolares é uma medida estratégicas para sanar o problema. Fornecer em postos assistência e métodos contreptivos é fundamental.  Expandir as perspectivas de vida dos jovens com lazer e trabalho contribuirá, igualmente, para que estes, com maturidade, estejam aptos para exercerem plenamente sua sexualidade. 


[Redação enviada por Larissa Lopes – Maximize Mauá – tarde, revista e postada pelo Prof. Eduardo em 8.07.2017]. 

sexta-feira, 7 de julho de 2017

REDAÇÃO. Tema: as cidades-dormitórios

PESADELO NAS CIDADES-DORMITÓRIOS

     Sempre distantes do centro, cidades-dormitórios são aquelas habitadas por trabalhadores devido a questões econômicas. Urbanisticamente não-planejadas, costumam apresentar serviços públicos precários que comprometem a qualidade de vida de seus cidadãos.
     Situados em morros, encostas, à margem de rios e outras zonas acidentadas (muitas vezes, ilegalmente ocupadas), tais aglomerados urbanos expandiram-se desvinculados do poder público. Periféricos, assistiram à explosão demográfica das últimas décadas do Brasil, o que contribuiu para uma série de problemas estruturais: saneamento inexistente ou precário, trânsito caótico, transporte ineficiente. O resultado foi a degradação social e insegurança geradora de violência nessas zonas.
     Escolas públicas de baixa qualidade (com arquitetura prisional) e poucas áreas para lazer e/ou sociabilização, além de equipamentos públicos degradados, são expressão da ausência de políticas sociais. Se o descaso é visto com naturalidade pelo cidadão, o vandalismo do patrimônio público passa a refletir o baixo apreço do cidadão pelo lugar onde vive. O achatamento da percepção dos direitos leva à descrença e faz, portanto, com que poucos reinvidiquem por mudanças e soluções.
     Mauá, cidade do ABC Paulista, é um exemplo de cidade dormitório. Embora jovem (63 anos), ela apresenta uma série de problemas que comprometem a qualidade de vida de seus habitantes. As oportunidades de emprego são escassas, o que obriga muitos a buscar trabalho em regiões distantes. A ausência dos adultos resulta em jovens desorientados, mais ociosos e sem grandes perspectivas. A cidade, portanto, barra, segrega e limita as chances de futuro de seus moradores.

   As cidades-dormitórios precisam de uma reestruturação que vise a melhorias para o bem-estar do cidadão. Revitalizá-las, contudo, exige uma participação ativa da comunidade, no sentido de pressionar vereadores e prefeitos para investirem efetivamente na cidade. Reorganizar urbanisticamente seu território, estimular o desenvolvimento local do comércio e da indústria, além da criação de espaços de lazer são, portanto, medidas a serem tomadas a fim de que deixem de ser simplesmente um local de repouso. 

[Redação produzida no Maximize Mauá, turma noite. Revisto pelo professore Eduardo em 7.07.2017].

quinta-feira, 6 de julho de 2017

quarta-feira, 5 de julho de 2017

REDAÇÃO. Tema: A mudança do homem nas últimas décadas


UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO SÉCULO

      O conceito de masculinidade sofreu uma profunda alteração nas últimas décadas. A possibilidade de expressar mais abertamente os sentimentos, a mudança em relação às parceiras e a explicitação da vaidade são alguns dos principais pontos.

     Antigamente, o homem ocupava o centro da família, já que, provedor, era sua função conduzi-la e garantir-lhe segurança/proteção material e física. Se - como herdeiro do patrimônio - esposa, filhos e agregados deviam-lhe obediência, neste universo patriarcal não lhe era permitido fraqueza ou vacilação. Expressar afeto, seja pela esposa ou pelos filhos, era-lhe vetado pelas regras sociais. A livre manifestação de sentimentos atual representou um ganho não só para o sujeito quanto para a família.
     A força e o rigor físico sempre foram, por excelência, atributos masculinos, entretanto, a vaidade de expor o corpo ou de expressar sedução foi considerada frequentemente inapropriada. Qualquer indício “menos másculo” era reprimido e combatido. Gel nos cabelos, perfumes, brincos, cremes, tudo o que era aparentemente feminino era, portanto, proibido a ele. Sem o saberem, ídolos metrossexuais como os jogadores David Beckham, Cristiano Ronaldo e o ator Brad Pitt liberaram a vaidade para os homens do século XXI.
     A mudança masculina mais profunda ocorreu, contudo, na relação homem e mulher. Embora persistam tensões entre os sexos (ciúmes, possessividade, assédio e, muitas vezes, violência machista), o empoderamento feminino exige hoje uma relação mais equâmine entre os sexos. Isso se traduz numa atitude mais honesta nas uniões, com decisões conjuntas, divisão das atividades domésticas e maior companheirismo.
    A expressão nova da masculinidade é resultado de uma relação mais justa entre os sexos, entretanto, segue ameaçada pelo conservadorismo sexista de setores retrógrados da sociedade. Devemos, portanto, combater, por meio do diálogo, informação e leis, tais dogmatismos “saudosos” da submissão e dependência da mulher para que não imponham mais padrões de comportamentos que impeçam a emancipação, também, do homem do século XXI. 

[Redação efetuada coletivamente na turma do Maximize Mauá, período noturno (extensivo), enviado por Suellen Queiroz, revisto e publicado pelo Prof. Eduardo em 7.07.2017.]


REDAÇÃO. Tema: o futebol como representação do Brasil

FUTEBOL: UMA REPRESENTAÇÃO NACIONAL?

     O futebol é, por excelência, o esporte do Brasil. Ele espelha desejos de ascensão social, via talento individual, o que resulta, muitas vezes, na concretização de sonhos nem sempre plenos de realização.
     Muitos jovens veem no futebol uma oportunidade de crescimento material e reconhecimento. Jogo democrático, competitivo e estratégico, sorte e acaso também o definem; entretanto, como qualquer esporte, o futebol depende da engenhosidade e talento do atleta. Tanto meninos jogadores de várzeas quanto aqueles formados em clubes privados terão, aparentemente, as mesmas possibilidades de sucesso, contudo, a trajetória até às categorias de base implica enfrentar diversos desafios.
     Pelé e Garrincha, dois mitos do futebol brasileiro - ambos afrodescendentes de origem pobre - são representações do poder da "paixão nacional". Opostos, Pelé soube se adaptar às exigências técnicas, comportamentais e midiáticas, enquanto, Garrincha perdeu-se na ilusão da fama, sucumbindo ao alcoolismo devido também a dramas pessoais. Se a inventividade/malandragem de ambos no campo fascinaram o Brasil, é por que refletiam a esperança e a capacidade de superação de toda uma nação. Orgulhosos, tantas vezes da excelência de nossos jogadores, sentimo-nos mais valorosos diante das nações desenvolvidas. 
     O Brasil apresenta, hoje, um futebol mais comercial, já que boleiros profissionais como Kaká e Neymar já não apresentam laços estreitos com a camisa/clube que defendem, como faziam os atletas do passado. Embora os estádios continuem tomados por torcidas organizadas, a harmonia e a ingenuidade anteriores parecem perdidas. Os conflitos em campo, a agressividade, o racismo, a xenofobia e o machismo corromperam a euforia coletiva que refletia um país (talvez aparentemente) mais unido.
     O futebol, como esporte nacional, têm sua importância, já que canaliza nossos anseios e, por um breve momento, fortalece os laços de união. Uma nação, no entanto, não depende da paixão futebolística, posto que um país não se faz com ilusões, fanatismo e alienação, mas com melhorias sociais e redução da desigualdade. É nisso, portanto, que devemos investir fé e atitudes: na construção de um país de oportunidades reais para todos, não limitado a arenas e campos de futebol.

[Redação produzida com a turma do Maximize Paulista, noite. Enviado pela aluna Ana Thalia Nobre e revisado pelo professor Eduardo em 5.07.2017]




Anotações feitas pelas aluna:


Tema: futebol representação do Brasil
*Democrático(luta de classes/meritocracia)
*Criatividade/malandragem(talento, jeitinho/Garrincha)
*Corrompendo

Palavras relacionadas ao tema (montagem do círculo para elaboração do texto):

Mídia, sonho de atleta, mercenário, homofobia, preconceito, mudança de vida, carreira curta, conflito, alienação, xenofobia, esporte feminino, peneira, amor a camisa, torcidas organizadas, esporte nacional, competição, acaso, boleiro, Neymar, Kaká, Zico, Pelé, Ronaldo, regras, racismo, expressão, paixão, país, expressão do machismo, rivalidade, categorias de base, futebol arte, times, fé, oprio do povo, clube, periferia, vandalismo, ilusões, criatividade, campo, êxtase, escândalos, FIFA, prazer, nacionalismo, ideológica, uso político, craque, euforia, talento, esperança, coletivo, show de bola, máfia, cartolas, profissionalização, esporte, várzea, democrático, caos.


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