quarta-feira, 5 de julho de 2017

REDAÇÃO. Tema: A mudança do homem nas últimas décadas


UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO SÉCULO

      O conceito de masculinidade sofreu uma profunda alteração nas últimas décadas. A possibilidade de expressar mais abertamente os sentimentos, a mudança em relação às parceiras e a explicitação da vaidade são alguns dos principais pontos.

     Antigamente, o homem ocupava o centro da família, já que, provedor, era sua função conduzi-la e garantir-lhe segurança/proteção material e física. Se - como herdeiro do patrimônio - esposa, filhos e agregados deviam-lhe obediência, neste universo patriarcal não lhe era permitido fraqueza ou vacilação. Expressar afeto, seja pela esposa ou pelos filhos, era-lhe vetado pelas regras sociais. A livre manifestação de sentimentos atual representou um ganho não só para o sujeito quanto para a família.
     A força e o rigor físico sempre foram, por excelência, atributos masculinos, entretanto, a vaidade de expor o corpo ou de expressar sedução foi considerada frequentemente inapropriada. Qualquer indício “menos másculo” era reprimido e combatido. Gel nos cabelos, perfumes, brincos, cremes, tudo o que era aparentemente feminino era, portanto, proibido a ele. Sem o saberem, ídolos metrossexuais como os jogadores David Beckham, Cristiano Ronaldo e o ator Brad Pitt liberaram a vaidade para os homens do século XXI.
     A mudança masculina mais profunda ocorreu, contudo, na relação homem e mulher. Embora persistam tensões entre os sexos (ciúmes, possessividade, assédio e, muitas vezes, violência machista), o empoderamento feminino exige hoje uma relação mais equâmine entre os sexos. Isso se traduz numa atitude mais honesta nas uniões, com decisões conjuntas, divisão das atividades domésticas e maior companheirismo.
    A expressão nova da masculinidade é resultado de uma relação mais justa entre os sexos, entretanto, segue ameaçada pelo conservadorismo sexista de setores retrógrados da sociedade. Devemos, portanto, combater, por meio do diálogo, informação e leis, tais dogmatismos “saudosos” da submissão e dependência da mulher para que não imponham mais padrões de comportamentos que impeçam a emancipação, também, do homem do século XXI. 

[Redação efetuada coletivamente na turma do Maximize Mauá, período noturno (extensivo), enviado por Suellen Queiroz, revisto e publicado pelo Prof. Eduardo em 7.07.2017.]


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