sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Um conto de Italo Calvino

O imperador Carlos Magno, já em avançada idade, apaixonou-se por uma donzela alemã. Os barões da corte andavam muito preocupados vendo que o soberano, entregue a uma paixão amorosa que o fazia esquecer sua dignidade real, negligenciava os deveres do Império. Quando a jovem morreu subitamente, os dignitários respiraram aliviados, mas por pouco tempo, pois o amor de Carlos Magno não morreu com ela. O imperador mandou embalsamar o cadáver e transportá-lo para a sua câmara, recusando separar-se dele. O arcebispo Turpino, apavorado com essa paixão macabra, suspeitou que havia ali um sortilégio e quis examinar o cadáver. Oculto sob a língua da morta, encontrou um anel com uma pedra preciosa. A partir do momento em que o anel passou às mãos de Turpino, Carlos Magno apressou-se em mandar sepultar o cadáver e transferiu seu amor para a pessoa do arcebispo. Turpino, para fugir àquela embaraçosa situação, atirou o anel no lago Constança. Carlos Magno apaixonou-se então pelo lago e nunca mais quis se afastar de suas margens.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Racismo, xenofobia, tráfico de órgãos e milicias no Brasil


Milícia Brasil!  A execução brutal desse jovem congolês, negro, de 24 anos, Moïse Mugenyi Kabagambe, trabalhador de um quiosque da Barra da Tijuca é a expressão do Brasil que vem sendo construído pela extrema-direita e que normaliza o inominável: crime de racismo e xenofobia, “eles vem pra cá e tiram nosso emprego”,  leis facilitando compra de armas, falas exaltando torturadores, dando um salve para os discursos de ódio que formam um país de linchadores. 

A operação discursiva bolsonarista faz a “lavagem” do capitalismo mafioso e é repetida por milhares de “cidadãos de bem”.

Para além do racismo, no Rio de Janeiro, milícias e tráfico controlam parte de setores essenciais: construção de casas, venda de gás, “segurança” privada de condomínios, comércio e ruas, quiosques, barracas na praia, ferro -velho que intercepta e encomenda furtos, mil negócios de fachada para lavagem de dinheiro do tráfico, etc etc. 

Foi daqui que saíram os representantes das milícias que ocupam hoje cargos em todo o Brasil. Milícia federal, estadual e municipal: parlamentares milicianos. O Rio é o modelo do Brasil miliciano e é no Rio de tem que acabar. 

Tem que ter muita coragem para combater milícias no Rio.  Lutaremos para que um parlamentar como @marcelofreixo , candidato a governador dessa cidade, possa se eleger em 2022, com um arco de alianças contra a barbárie. 

O Brasil em 2022 vai decidir nas eleições presidenciais e de governadores se reage ou não a esse capitalismo mafioso e ao racismo que mata.#justiçapormoise

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