sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Respondendo um comment sobre Moby Dick

Bem creio que aos doze anos deve ter lido a versão recontada infanto-juvenil, e não as 600 páginas que compõe o original de Melville cheio de tratados, digressões complexas, ensaios teológicos e filosóficos e históricos entremeando a narrativa. Ainda que aos 12 anos lido todo o volume, será necessário reler, pois nesta idade não se tem maturidade para se compreender o largo aspecto desta obra complexa, universal, analisada por grandes pensadores, críticos, escritores e filósofos. Querer definir o que o autor quis dizer ao escreve-la é uma tolice, pois certamente, ao leitor do século xxi a experiencia de mundo é outra e se é incapaz de se "pensar" como um homem do princípio do sec XIX, quando não existia ainda nem luz elétrica. Todo leitor atualiza o que lê, ninguem lê Romeu e Julieta como uma crítica aos erros da paixão juvenil, mas hoje, como uma ode/elogio ao amor. Se ler o original, atenta ao capítulo 99 (O dobrão) em que Melville explica que nada é simples, e uma simples moeda traz toda uma simbologia religiosa, geográfica, histórica, social. Ou seja, alguém que vê tantas camadas numa moeda, nao teria feito uma baleia ser só uma baleia, já que na própria obra o narrador afirma que não há um unico sentido nos atos dos homens. 

REDAÇÃO. Tema: bolhas e muros no século XXI

Estourando bolhas, derrubando muros e construindo pontes

Os muros concretos ou simbólicos são uma das marcas das sociedades do séc. XXI. Embora a globalização “prometesse” a união entre os diversos povos, a Internet (como plataforma também de acesso), ela não se realizou de fato e se restringe, hoje, cada vez mais, a bolhas de segregação.

Se uma sociedade capitalista é marcada por mudanças aceleradas, hipercompetitividade e individualismo exacerbado, momentos de crise  radicalizam o instinto de defesa das nações resultando em xenofobia. Protecionismo econômico, controle migratório, aumento do conservadorismo/nacionalismo e crescente intolerância às minorias e aos estrangeiros são “produtos” de uma política global que só se limitou a trocas comerciais, difusão de marcas e franquias, não de integração real.

A revolução tecnológica popularizou os aparatos de comunicação, entretanto, a segregação e o afastamento sobrepuseram-se à inclusão. Assim, “bolhas” surgiram nas redes sociais com os algoritmos que relacionam, segmentam e restringem o usuário a um grupo de pensamento único; já que mercantilizam as relações humanas como um nicho de mercado. O “curtir” e o “compartilhar” não só superficializam as interações, mas também afunilam a nossa visão de mundo. 

Há um distanciamento progressivo entre as classes sociais. Apesar dos avanços político-sociais nas últimas décadas no Brasil, com inclusão dos mais pobres a espaços antes exclusivos às elites, assistimos hoje a um retrocesso desses ganhos. O geógrafo Milton Santos já alertava para a falácia da “aldeia global”, onde “as sociedades com acesso às ferramentas tecnológicas se integrariam cada vez mais, e os menos favorecidos seriam marginalizados e/ou excluídos de suas benesses.”

Característica dos nossos tempos, os muros sociais se contrapõem às liberdades individuais, visto que muitos grupos terminam rotulados e tratados como cidadãos de segunda classe. Precisamos, portanto, rever o conceito de Globalização, a fim de expandi-lo para o sentido de intercâmbio de saberes entre culturas, com respeito à diversidade, única forma de se derrubar muros e se construir pontes de valores humanistas e democráticas.


[Redigido coletivamente no Maximize Paulista, tuma do SOS/Tarde, em 26.12.2018]

INTERPRETAÇÃO. Charge sobre Educação moderna


Na aula de encerramento da turma de redação (dia 26/12) no Maximize/Paulista, fizemos uma redação com o tema Escola X Rede: a construção do sujeito do séc. XXI. Hoje, no facebook, "caiu" na minha timeline esta charge que parece ter sido feita para fomentar esse tema.

Acho bastante interessante o conflito geracional encenado nesta charge. Seu tema é de como o conhecimento se fazia para o aluno a partir da escola no passado e no presente perpassa meios tecnológicos. Se a sátira traz, contudo, em seu título uma pergunta e não uma afirmação, a sentença tanto pode ser considerada um comentário irônico do chargista, como também a abertura para uma reflexão. (já que interrogativa e aberta), cuja resposta parece encenada no contexto de comunicação entre os dois personagens.

Mas chargistas são sagazes (ou intuitivos): este pai (o vocativo ali no começo, deixa claro tratar-se do pai, assim como o cabelo similar do garoto e o fato dele estar "assentado" num sofá-trono), está posicionado parcialmente de costas para o filho. Se o garoto pergunta com certo ar ingênuo, sem qualquer malícia sobre os meios usados no passado na escola, a resposta brusca, agressiva, irônica (que nos faz rir, ao constituir conteúdo "crítico" da sátira) também nos fala da arrogância do "mais velho" em relação ao "novo". Podemos perceber certa postura, ao mesmo tempo autoritária e indiferente deste pai, também fechado em si, concentrado num jornal do qual não se desvia. Não por acaso, o jornal e seu suporte (o papel) e a leitura foram as "formas" principais de aquisição do conhecimento fora e dentro do espaço também escolar, portanto, formas "antigas". Ao responder que se usava anteriormente "a cabeça" (metáfora para dizer que a ferramenta utilizada não era mecânica/eletrônica, nem externa, mas inteligência (cabeça/cérebro), o que se depreende é uma crítica à geração atual, que não só é dependente de meios tecnológicos, mas burra. Por que não ver, também no quadrinho, para além da "educação moderna" - formalizada na escola e mediada por aparatos, - essa outra forma de "educação moderna"? Ou seja: do pai ausente e ensimesmado que já não dialoga e "ensina" olho no a olho ao filho, à maneira antiga que aparentemente defende/valoriza, mas que na prática, não aplica.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Brasil, um país do passado (matéria da alemã DW - Deutsche Welle)

No Brasil, está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição. Seus representantes preferem Silas Malafaia a Immanuel Kant. Os ataques miram o próprio esclarecimento, escreve o colunista Philipp Lichterbeck.



É sabido que viajar educa o indivíduo, fazendo com que alguém contemple algo de perspectivas diferentes. Quem deixa o Brasil nos dias de hoje deve se preocupar. O país está caminhando rumo ao passado.

No Brasil, pode ser que isso seja algo menos perceptível, porque as pessoas estão expostas ao moinho cotidiano de informações. Mas, de fora, estas formam um mosaico assustador. Atualmente, estou em viagem pelo Caribe – e o Brasil que se vê a partir daqui é de dar medo.

Na história, já houve momentos frequentes de regresso. Jared Diamond os descreve bem em seu livro Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Motivos que contribuem para o fracasso são, entre outros, destruição do meio ambiente, negação de fatos, fanatismo religioso. Assim como nos tempos da Inquisição, quando o conhecimento em si já era suficiente para tornar alguém suspeito de blasfêmia.

No Brasil atual, não se grita "herege!", mas "comunismo!". É a acusação com a qual se demoniza a ciência e o progresso social. A emancipação de minorias e grupos menos favorecidos: comunismo! A liberdade artística: comunismo! Direitos humanos: comunismo! Justiça social: comunismo! Educação sexual: comunismo! O pensamento crítico em si: comunismo!

Tudo isso são conquistas que não são questionadas em sociedades progressistas. O Brasil de hoje não as quer mais. 

Porém, a própria acusação de comunismo é um anacronismo. Como se hoje houvesse um forte movimento comunista no Brasil. Mas não se trata disso. O novo brasileiro não deve mais questionar, ele precisa obedecer: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". 

Está na moda um anti-intelectualismo horrendo, "alimentado pela falsa noção de que a democracia significa que a minha ignorância é tão boa quanto o seu conhecimento", segundo dizia o escritor Isaac Asimov. Ouvi uma anedota de um pai brasileiro que tirou o filho da escola porque não queria que ele aprendesse sobre o cubismo. O pai alegou que o filho não precisa saber nada sobre Cuba, que isso era doutrinação marxista. Não sei se a historia é verdade. O pior é que bem que poderia ser.

A essência da ciência é o discernimento. Mas os novos inquisidores amam vídeos com títulos como "Feliciano destrói argumentos e bancada LGBT". Destruir, acabar, detonar, desmoralizar – são seus conceitos fundamentais. E, para que ninguém se engane, o ataque vale para o próprio esclarecimento.

Os inquisidores não querem mais Immanuel Kant, querem Silas Malafaia. Não querem mais Paulo Freire, querem Alexandre Frota. Não querem mais Jean-Jacques Rousseau, querem Olavo de Carvalho. Não querem Chico Mendes, querem a "musa do veneno" (imagino que seja para ingerir ainda mais agrotóxicos). 

Dá para imaginar para onde vai uma sociedade que tem esse tipo de fanático como exemplo: para o nada. Os sinais de alerta estão acesos em toda parte.

O desmatamento da Floresta Amazônica teve neste ano o seu maior aumento em uma década: 8 mil quilômetros quadrados foram destruídos entre 2017 e 2018. Mas consórcios de mineradoras e o agronegócio pressionam por uma maior abertura da floresta.

Jair Bolsonaro quer realizar seus desejos. O próximo presidente não acredita que a seca crescente no Sudeste do Brasil poderia ter algo a ver com a ausência de formação de nuvens sobre as áreas desmatadas. E ele não acredita nas mudanças climáticas. Para ele, ambientalistas são subversivos.

Existe um consenso entre os cientistas conhecedores do assunto no mundo inteiro: dizem que a Terra está se aquecendo drasticamente por causa das emissões de dióxido de carbono do ser humano e que isso terá consequências catastróficas. Mas Bolsonaro, igual a Trump, prefere não ouvi-los. Prefere ignorar o problema.

Para o próximo ministro brasileiro do Exterior, Ernesto Araújo, o aquecimento global é até um complô marxista internacional. Ele age como se tivesse alguma noção de pesquisas sobre o clima. É exatamente esse o problema: a ignorância no Brasil de hoje conta mais do que o conhecimento. O Brasil prefere acreditar num diplomata de terceira categoria do que no Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático, que estuda seriamente o tema há trinta anos.

Araújo, aliás, também diz que o sexo entre heterossexuais ou comer carne vermelha são comportamentos que estão sendo "criminalizados". Ele fala sério. Ao mesmo tempo, o Tinder bomba no Brasil. E, segundo o IBGE, há 220 milhões de cabeças de gado nos pastos do país. Mas não importa. O extremista Araújo não se interessa por fatos, mas pela disseminação de crenças. Para Jared Diamond, isso é um comportamento caraterístico de sociedades que fracassam. 

Obviamente, está claríssimo que a restrição do pensamento começa na escola. Por isso, os novos inquisidores se concentram especialmente nela. A "Escola Sem Partido" tenta fazer exatamente isso. Leandro Karnal, uma das cabeças mais inteligentes do Brasil, com razão descreve a ideia como "asneira sem tamanho".

A Escola Sem Partido foi idealizada por pessoas sem noção de pedagogia, formação e educação. Eles querem reprimir o conhecimento e a discussão. 

Karl Marx é ensinado em qualquer faculdade de economia séria do mundo, porque ele foi um dos primeiros a descrever o funcionamento do capitalismo. E o fez de uma forma genial. Mas os novos inquisidores do Brasil não querem Marx. Acham que o contato com a obra dele transformaria qualquer estudante em marxista convicto. Acreditam que o próprio saber é nocivo – igual aos inquisidores. E, como bons inquisidores, exortam à denúncia de mestres e professores. A obra 1984, de George Orwell, está se tornando realidade no Brasil em 2018.

É possível estender longamente a lista com exemplos do regresso do país: a influência cada vez maior das igrejas evangélicas, que fazem negócios com a credulidade e a esperança de pessoas pobres. A demonização das artes (exposições nunca abrem por medo dos extremistas, e artistas como Wagner Schwartz são ameaçados de morte por uma performance que foi um sucesso na Europa). Há uma negação paranoica de modelos alternativos de família. Existe a tentativa de reescrever a história e transformar torturadores em heróis. Há a tentativa de introduzir o criacionismo. Tomás de Torquemada em vez de Charles Darwin.

E, como se fosse uma sátira, no Brasil de 2018 há a homenagem a um pseudocientista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que defende a teoria de que a Terra seria plana, ou "convexa", e não redonda. A moção de congratulação concedida ao pesquisador foi proposta pelo presidente da AL e aprovada por unanimidade pelos parlamentares.

Brasil, um país do passado. 




Philipp Lichterbeck queria abrir um novo capítulo em sua vida quando se mudou de Berlim para o Rio, em 2012. Desde então, ele colabora com reportagens sobre o Brasil e demais países da América Latina para os jornais Tagesspiegel (Berlim), Wochenzeitung (Zurique) e Wiener Zeitung. Siga-o no Twitter em @Lichterbeck_Rio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ESTRUTURA. Forma e organização paragrafal do texto dissertativo

ESTRUTURA. Forma e organização paragrafal do texto dissertativo





TÍTULO CENTRALIZADO
[Sem aspas, sem traço embaixo, com inicial maiúscula.
Lembrando que título é “o nome do texto que você compôs”,
e que tema é “o assunto proposto para que você disserte]


1o. parágrafo: é o Tópico frasal, deve ser composto de duas partes escritas em até quatro linhas. A (parte A) é a apresentação do tema proposto. Deve corresponder a resposta da pergunta: “sobre o que você irá dissertar?”(Ela deve ser apresentada em ordem direta: sujeito + verbo + complemento). A esta segue (com ponto final e letra maiúscula, e continuar na mesma linha) uma oração composta de três questões relacionadas ao tema. Normalmente, trata-se de três problemas/motivos/razões/consequências. Exemplo:

Muitas adolescentes engravidam todos os anos no Brasil. Isto ocorre por ausência de diálogo na família (ideia1), falta de informação (ideia1) e, até mesmo, por imaturidade de muitas jovens (ideia3)
2o. parágrafo: é o de desenvolvimento da ideia1 (no caso: “a ausência de diálogo na família). Neste ponto, serão seis linhas (cada uma das ideias deve ser desenvolvida dentro desse limite de linhas) onde você deve escrever/dissertar sobre a relação entre “gravidez precoce” e “ausência de diálogo na família”. O texto deve ser dissertativo-argumentativo, escrito numa linguagem formal e, portanto, deve apresentar exposição e questionamento entre esses dois pontos.

3o. parágrafo: é o de desenvolvimento da ideia2 (no caso: “falta de informação”). Neste ponto, serão igualmente seis linhas. Você deve escrever/dissertar sobre a relação entre “gravidez precoce” gerada pela “falta de informação”. Podemos pensar num crescendo: são raras as escolas que tem a disciplina de Educação Sexual; o governo é omisso em relação a campanhas de prevenção à gravidez precoce, restringindo-se a campanhas em período do carnaval e outras festas; as diversas mídias pouco tratam do assunto, pelo contrário, estimulam a sexualidade precoce do jovem. São pontos a ser postos e debatidos. Aqui também o texto deve ser argumentativo, com exposição e questionamento entre esses dois pontos.

4o. parágrafo: é o de desenvolvimento da ideia3 (no caso: “imaturidade dos jovens”). Nestas seis linhas, os argumentos deverão mostrar que apesar do diálogo no lar e do acesso à informação engravida-se na adolescência intencionalmente, mas por imaturidade: com o proposito de “emancipar-se e adentrar de vez na vida adulta constituindo nova família”, ou com o intuito de fortalecer o vínculo com determinado parceiro; até mesmo pelo pensamento mágico de que tal fator não sucederia. Aqui o papel do jovem (a recusar o uso de preservativo etc) pode ser acrescentado.

5o. parágrafo: é o da Conclusão. Ele consiste no resumo ou recapitulação do que você afirmou no seu texto (isso brevemente, no máximo em duas linhas) e na sequência, uma “proposta de solução positiva (isso é fundamental) para os problemas apresentados”. Neste caso, os problemas a serem solucionados, dizem respeito a estimular o diálogo na família, exigir campanhas e programas de prevenção à gestação precoce, implementação de Educação Sexual nas escolas seria outra medida interessante; assim como exigir do governo atenção para o problema (também preparando profissionais e aparelhando postos e hospital com material contraceptivo para jovens, como pílula anticoncepcional, camisinha masculina e feminina, etc). O parágrafo de conclusão deve ser redigido em até 8 linhas (para o ENEM).

Importante entender que a oração que abre a conclusão corresponde a mesma frase que abre o tópico frasal, levemente modificada, acrescentado o ", PORTANTO," (entre vírgulas). Seguido a ele deve vir a PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA O PROBLEMAS, ou INTERVENÇÃO. Ela tem que responder em sequencia as seguinte questões: QUEM deve tomar as medidas? (esse quem é um órgão concreto Um Ministéria/MINC/ONU etc), O QUE irá fazer? (que medidas irá tomar: garantir/defender/proteger etc) COMO ira fazer? (o processo concreto: palestra, campanhas, atendimento, criando leis etc) e PARA QUE vai fazer? (com que finalidade, para minimizar, sanar, resolver, solucionar, defender etc]





Observações

a) O vestibular solicita que você redija um texto em prosa; portanto, é necessário que o texto seja organizado em parágrafos bem demarcados, e que haja separação de sílabas caso a palavra não caiba no final das margens.

b) A linguagem da redação é formal, logo, é necessário eliminar expressões conotativas no seu texto. Ou seja, procure usar uma linguagem clara, objetiva, concisa, próxima, portanto, ao uso denotativo das palavras.

c) Seu texto precisa ter coesão. As partes sucedem numa ordem lógica, que se liga por contiguidade de sentido e avança ao longo da leitura para uma síntese, uma conclusão. Isto é importante para evitar que se fuja ao tema, a estrutura apresentada em cinco parágrafos ajuda a evitar o texto “blocão”, aquele constituído de um só parágrafo e com poucos ou quase nenhum ponto final no corpo do texto, um erro muito frequente aos candidatos do vestibular.

d) O número de linhas dadas corresponde a uma redação de 30 linhas totais, sem contar o título do texto. Esse número foi determinado, pois a maior parte dos vestibulares pede esse tamanho. Você pode fazer três linhas a menos ou três linhas a mais, sem o risco de sua redação ser desclassificada.

e) Ao apresentar seu ponto de vista, prefira impessoalizar seu texto usando duas estratégias discursivas: o emprego dos verbos ou na 3a pessoa do singular +se (Observa-se, nota-se, entende-se...) ou verbos na 1a pessoa do plural, com os quais você se inclui e se expressa numa voz coletiva (Observamos que, notamos que, entendemos que...).


f) É fundamental para que a redação apresente uma carga argumentativa, o uso de conjunções complexas. As adversativas (mas, porém, entretanto, contudo, todavia, no entanto, não obstante); conclusivas (portanto, logo, assim), causais (já que, visto que, posto que, devido à, graças à), concessivas (embora, ainda que, se bem que), condicionais (se, caso), conformativas (conforme, segundo, como), finais (a fim de que, para que) e tantas outras conjunções adverbiais, que são as mais complexas e interessantes da língua portuguesa. Essas, entretanto, devem ser usadas de forma correta, bem articuladas, coerentes com o sentido e as ideias que deseja expressar, e jamais inseridas aleatoriamente no texto. 

INT

  Ambiente/Cenário/Contexto: máquina automática de reposição automática de profissionais coisificados Foco: personagem: profissionais à vend...