quarta-feira, 2 de março de 2022

TEMA: Manipulação de notícias pela imprensa e regulamentação da mídia

 A ação de ocultar ou "deformar" noticias (ou acontecimentos) de forma indiscriminada e sem sofrer qualquer sanção caracterizam países democraticamente frágeis. Tal prática pode revelar tanto omissão quanto conivência da mídia/imprensa com a narrativa dos poderosos; ou pior: sua adesão aos seus interesses e ideais


Embora seja função da imprensa noticiar fatos com objetividade, clareza e isenção, no Brasil, ela se mostra tendenciosa, já que comprometida com interesses políticos, econômicos e até com grupos religiosos. Há, portanto, uma corrupção de seu propósito, o que faz com que o cidadão brasileiro nunca tenha uma perspectiva imparcial e isenta de intenções; algo fundamental para formação de uma “opinião pública” verdadeira.


O Brasil é um país democrático, entretanto, muitos ricos e poderosos financiam seus candidatos para obterem benesses do Estado, com pautas e ações que prejudicam a população. A imprensa não só é omissa, mas compactua com empresários corruptos, rentistas parasitários, multinacionais predatórias, destruidores do meio ambiente inescrupulosos (agronegócio) uma vez que esses são seus principais patrocinadores. Ela age, muitas vezes, portanto, como "cabo eleitoral" ou "porta voz" das elites a fim de ludibriar sua audiência com desinformação ou manipulação direta dos fatos.


A ascensão da extrema direita no mundo está ligada a crises econômicas que empobreceram a classe média e motivaram nessa um desejo de "renovação", Contraditoriamente, a resposta disso foi a eleição de uma série de políticos mais conservadores, já que esses se opunham a pauta da social democracia. Com um discurso mais violento contra imigrantes, negros, LGBT's e direitos para mulheres e minorias, eles "seduziram" um eleitor que se sentia acuado e injustiçado diante das conquistas desses grupos. A política do "ressentimento", com discursos agressivos, teorias conspiratórias e negação da verdade passaram a ser reproduzidos pela mídia adepta a tais valores ou financiada por eles. 


A existência de uma mídia responsável, comprometida com a verdade é fundamental para manutenção da democracia. Portanto, ela precisa estar a serviço da sociedade como um todo e não refém do poderio político-econômico. Para isso, é preciso não apenas uma regulamentação discutida com vários setores da sociedade, mas um fortalecimento da educação para que o cidadão consiga ler criticamente aquilo que ela apresenta como verdade.

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