terça-feira, 29 de novembro de 2016

Redação. TEMA: rap, a voz da periferia

RAP: a palavra empenhada

     O rap sempre foi uma expressão artística de denúncia social, conscientização e reafirmação/empoderamento dos cidadãos marginalizados da periferia.
     A mídia sempre retratou de forma negativa favelas e demais comunidades carentes. Espaço de tráfico, criminalidade, miséria e degradação moral; assim as exibiu em programas que espetacularizam a violência. O rap, canto recitado, desafiava o uníssono das mídias, já que apresentava um “olhar de dentro” ao relatar uma realidade ocultada pela grande imprensa. Embora tenha sido acusado de fazer apologia ao crime (mitificando bandidos como se fossem heróis), na verdade o rap realizou desde sempre uma denúncia social e uma crítica à imensa desigualdade socioeconômica do Brasil.
     A conscientização dos mais jovens sobre os riscos das drogas, do ingresso no tráfico e no crime são os temas mais abordados nas letras. Há no rap um discurso pedagógico que alerta a juventude sobre as consequências de transgredir às leis. Sabotage, um importante rapper paulista, afirmava que “Rap é compromisso”, portanto, fiel à realidade e empenhado em transmitir uma experiência, um saber das “quebradas”.
     Todo “rapper” canta a sua comunidade. Reafirmar seu pertencimento a um espaço depreciado pelos poderosos é mais que humildade, visto que o MC aspira à transformação desta realidade. Se sua crítica social soa violenta, é uma reação ao descaso, desprezo e omissão do poder público aos menos favorecidos.
     Expressão artística fundamental nos tempos em que vivemos, o rap não deve ser, portanto, menosprezado. Atualmente, o “Slam”, batalha de rimas improvisadas, confirma o poder artístico e pedagógico do rap, já que encanta e exalta a experiência (e resistência) dos marginalizados. Crônica dos excluídos, ele é importante instrumento de empoderamento do cidadão (principalmente pobre, negro e periférico). O rap, para além da música, reafirma o valor do cidadão e seu lugar na sociedade brasileira.


Redação. TEMA: rap, a voz da periferia

RAP: a palavra empenhada

     O rap sempre foi uma expressão artística de denúncia social, conscientização e reafirmação/empoderamento dos cidadãos marginalizados da periferia.
     A mídia sempre retratou de forma negativa favelas e demais comunidades carentes. Espaço de tráfico, criminalidade, miséria e degradação moral; assim as exibiu em programas que espetacularizam a violência. O rap, canto recitado, desafiava o uníssono das mídias, já que apresentava um “olhar de dentro” ao relatar uma realidade ocultada pela grande imprensa. Embora tenha sido acusado de fazer apologia ao crime (mitificando bandidos como se fossem heróis), na verdade o rap realizou desde sempre uma denúncia social e uma crítica à imensa desigualdade socioeconômica do Brasil.
     A conscientização dos mais jovens sobre os riscos das drogas, do ingresso no tráfico e no crime são os temas mais abordados nas letras. Há nele um discurso pedagógico que alerta a juventude sobre as consequências de transgredir as leis. Sabotage, um importante rapper paulista, afirmava que “Rap é compromisso”, portanto, fiel à realidade e empenhado em transmitir uma experiência, um saber das “quebradas”.
     Todo “rapper” canta a sua comunidade. Reafirmar seu pertencimento a um espaço depreciado pelos poderosos é mais que humildade, visto que o MC aspira à transformação desta realidade. Se sua crítica social soa violenta, é uma reação ao descaso, desprezo e omissão do poder público aos mais desfavorecidos.
     Expressão artística fundamental nos tempos em que vivemos, o rap não deve ser, portanto, menosprezado. Atualmente, o “Slam”, batalha de rimas improvisadas, confirma o poder artístico e pedagógico do rap, já que encanta e exalta a experiência (e resistência) dos marginalizados. Crônica dos excluídos, ele é importante instrumento de empoderamento do cidadão (principalmente pobre, negro e periférico). O rap, para além da música, reafirma o valor do cidadão e seu lugar na sociedade brasileira.

Redação TEMA: A juventude do século XXI: desejos e anseios

A Geração Cloud

    
     A Geração Cloud, filhos da internet, do armazenamento em nuvem, crescida na era técnico-científico-informacional, além de questionar as estruturas políticas vigentes, realiza hoje uma revolução não apenas no âmbito comportamental mas também no espaço do trabalho.
     
     O século XXI é um século de mudanças. Modelos tradicionais de família com marido provedor, mãe submissa e filhos dóceis subservientes são cada vez mais raros. Várias religiões minguaram ou tem sido abandonadas pelos jovens. O casamento foi substituído por um contrato de afetos mais efêmeros; e não bastasse isto, não só a sexualidade, mas também a própria noção de gênero tornou-se mais flexível e menos pré-determinado. Mudanças tão radicais do paradigma das instituições, entretanto, geram uma nova forma onda conservadora refletida na propagação de ódio nas redes. 
 
    Um mercado de trabalho altamente seletivo e competitivo assiste à entrada em seus quadros de jovens imediatistas, hiper-conectados e ansiosos pelo sucesso. O ganho financeiro, contudo, sobrepõe-se ao compromisso/fidelidade à empresa; já que há uma ansiedade crescente nesta geração, cujos pais não educaram para tolerar frustrações. Trabalhos mais dinâmicos e desfiadores são para eles mais atrativos, posto que os desafios os estimulam e preservam sua energia criativa.
     Embora individualistas, voltados para o consumo, os “clouds” estão mais engajados politicamente. Pacifismo e causas ecológicas os seduzem menos. Suas pautas são mais imediatistas, mobilizam-se pelas redes sociais, e com ideias mais radicais e extremistas, exigem maior participação política. Subversivos, tornaram-se black-bocks nas manifestações recentes no país. Contraditoriamente, muitos não querem “derrubar o sistema”: desejam integrá-lo; por isso, não recusam as benesses do capital, querem menos desigualdade e maior inclusão socioeconômica. 
 
     Os “clouds” não acreditam no poder representativo dos partidos, entretanto, em breve estarão no poder. Petulantes, intempestivos, com uma visão mais fragmentada e superficial do mundo serão, contraditoriamente, os reformadores do país. Acreditamos, portanto, que estimulando neles o sentido de coletividade e valores humanistas como igualdade, respeito e tolerância à diversidade serão fundamentais para construção de um futuro mais democrático e livre e que corresponda a seus anseios.

[Redação realizada em sala de aula (Maximize – Paulista/noturno)
29.11.2016.
(Revista e alterada pelo Prof. Eduardo)

domingo, 6 de novembro de 2016

REDAÇÃO. TEMA: Intolerancia Religiosa

Andar (ou desandar) com fé?

     A intolerância religiosa tem ascendido de modo preocupante no Brasil, nas últimas décadas. País originalmente cristão, embora permeado por fortes influências africanas e outros credos, assiste hoje ao crescimento de religiões persecutórias que estimulam a desagregação e desrespeito a outras crenças. 
 
     A colonização portuguesa, para além da exploração da terra, tinha como um objetivo a conversão dos indígenas à fé cristã. Isso não se fazia de forma espontânea ou pacífica, já que os colonizadores impunham seus dogmas. O tráfico negreiro trouxe para o Brasil diversos povos que, mesmo submetidos a tais dogmas, se apropriaram do imaginário cristão, fundindo a ele suas crenças (perseguidas) dando origem ao Candomblé e a Umbanda. Imigrações posteriores trouxeram igualmente as religiões no país.

     Se o sincretismo religioso foi uma forma de conciliar diferentes visões e práticas de devoção, a tolerancia sempre foi aparente no Brasil. Várias doutrinas foram perseguidas/combatidas sempre pela religião dominante, cuja Bíblia é seu totem. Embora seja garantido constitucionalmente o livre exercício de credo e práticas religiosas, um protestantismo conservador tem ameaçado tal direito por meio de um discurso preconceituoso e racista difundido em templos e canais televisivos.

     Igrejas são constituições que abarcam valores morais e éticos, contudo, podem induzir tabus, preconceitos e posições radicais e extremistas aos seus adeptos. Embora permitam a inclusão dos desvalidos, propiciem proteção e apoio, além de reforçar o sentido de comunidade, são instrumentos também de alienação, e até de exploração econômica via dízimo e doações. A teologia da prosperidade, versão utilitária e materialista da fé, tem produzido templos megalomaníacos e levado a ocupar cargos políticos, entronando líderes religiosos que hostilizam e demonizam outros credos.

     A preocupante intolerância entre religiões no Brasil, principalmente das religiões que perseguem judeus, espiritas e católicos, precisa ser combatida com a lei, com sanções e punição aos hipócritas e oportunistas fazem da fé um instrumento de lucro pessoal e disseminação do ódio e da intolerância. Reforçar o Estado laico é, contraditoriamente, uma forma de garantir a liberdade religiosa, democraticamente instituída a todos, forma, portanto, de valorizar a diversidade cultural e religiosa brasileira.

[Feita coletivamente com a turma do noturno Mauá, 2016]

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