sábado, 23 de novembro de 2019

Um depoimento do Facebook no Dia da Consciência Negra

Este é o meu pai, Carlos Pereira da Silva, nasceu em 10/04/1914, faleceu em 1981 aos 67 anos, na 4ª série primária, e isso porque cursou o Mobral e a escola após os 40 anos, se estivesse vivo, hoje estaria com 105 anos.
Ainda não descobri de onde vieram esses sobrenomes. Da África não foi.

A abolição se deu em 1888. Ouvi meu pai dizer que a mãe dele (minha avó) nasceu livre, mas que a mãe dela (minha bisavó) tinha sido escravizada. Portanto, sou a terceira geração nascida em liberdade.

Eu nunca ouvi ele falar sobre indenizações do governo ou de algum sinhozinho ou sinhazinha (brancos) pelo trabalho escravo realizado pelos meus ancestrais raptados da África.

Estudando um pouco, entendi porque as minhas avós não sabiam ler e do meu pai aprender a ler depois de adulto.
E de não possuir propriedade.

Havia uma lei que proibia os negros de frequentar escolas, porque eram escravos ou porque essa lei afirmava que os negros eram portadores de moléstias contagiosas.
Outras que proibiam de dar emprego, alugar ou vender imóveis.
E ainda tinha a lei que proibia cultuar religiões diferente da Católica.
Havia lei que proibia falar o idioma africano de origem ou de usar o nome da família ancestral africana, e que só poderiam usar o nome "cristão" e português.

Dessa forma, é praticamente impossível um africano nascido no Brasil, como eu, identificar o país africano de origem, bem como requerer uma dupla cidadania como ocorrem com as pessoas europeias nascidas no Brasil.

Ademais, falando em catolicismo, foi o Papa Nicolau IV, que editou o 1º documento legitimando a captura de negros africanos pra reduzí-los a ESCRAVIDÃO PERPÉTUA, com o edito e promulgação da BULA DUM DIVERSAS.

Diante de tanta desqualificação forçada, fizeram a Lei da Vadiagem para prender os desempregados, lógico que eram os negros.

E nesse mesmo tempo, o Brasil trazia imigrantes brancos da Europa, com tudo pago, trabalho garantido, terras e insumo, escolas para os filhos e com mesada para se estabelecerem da forma mais confortável e privilegiadas que pudessem
Nos termos do Decreto 528/1890.

Entende agora porque nos mais altos salários, cargos políticos e públicos dos diversos órgãos do estado e do empresariado só tem pessoas com sobrenomes esquisitos, de pronúncias complicadas de sobrenomes estrangeiros, não português, que quase ninguém tem igual?

Por exemplo: pesquise os sobrenomes dos juízes, dos membros do Ministério Público, dos membros das Defensoria Públicas.
Busque também os sobrenomes dos maiores banqueiros e empresários do Brasil.

O objetivo do governo brasileiro era de branquear (Eugenia) o Brasil e em 100 anos eliminar os negros pela fome, pela doença, pelo encarceramento e pela morte por intervenção policial.

Dessa forma legitimaram a exclusão dos negros ao acesso a educação, qualificação, empregabilidade e habitação.

O Brasil chegou a ter até uma Constituição Eugênica.

Não fosse o grande poder de sobrevivência e de resistência de nós, os negros, o Brasil seria hoje como a Argentina, que não se vê negros naquele lugar! Na Argentina só há pessoas brancas, e é um país que praticou a escravização de pessoa negras africanas.

Pra quem quiser saber mais um pouco sobre a consciência negra despertada e desenvolvida em mim.

Porquê estou digitando no celular enquanto as palavras vão surgindo em minha mente. Lá vai a síntese copiada de um texto que tirei da página Quebrando o Tabu, mas cuja a confiabilidade posso confirmar em razão de combinarem com as minhas antigas fontes de pesquisas.

"1837 - Primeira lei de educação: negros não podem ir à escola

1850 - Lei das terras: negros não podem ser proprietários

1871 - Lei do Ventre Livre - quem nascia livre?

1885 - Lei do Sexagenário - quem sobrevivia para ficar livre?

1888 - Abolição (atentem, foram 388 anos de escravidão)

1890 - Lei dos vadios e capoeiras - os que perambulavam pelas ruas, sem trabalho ou residência comprovada, iriam pra cadeia. Eram mesmo "livres"? Dá para imaginar qual era a cor da população carcerária daquela época? Vc sabe a cor predominante nos presídios hoje?

1968 - Lei do Boi: 1a lei de cotas! Não, não foi pra negros, foi para filhos de donos de terras, que conseguiram vaga nas escolas técnicas e nas universidades (volte e releia sobre a lei de 1850!!!)

1988 - Nasce nossa ATUAL CONSTITUIÇÃO. Foram necessários 488 anos para ter uma constituição que dissesse que racismo é crime! Na maioria das ocorrências se minimiza o racismo enquanto injúria racial e nada acontece.

2001 - Conferência de Durban, o Estado reconhece que terá que fazer políticas de reparação e ações afirmativas. Mas, não foi porque acordaram bonzinhos! Não foi sem luta. Foram décadas de lutas para que houvesse esse reconhecimento! E olha que até hoje tem gente que ignora, hein!

2003 - Lei 10639 - estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Que convenhamos não é cumprida, né?

2009 - 1ª Política de Saúde da População Negra. Que prossegue sendo negligenciada e violentada (quem são as maiores vítimas da violência obstétrica?) no sistema de saúde.

2010 - Lei 12288 - Estatuto da Igualdade Racial. Em um país que se nega a reconhecer a existência do racismo.

2012 - Lei 12711 - Cotas nas universidades. A revolta da casa grande sob um falso pretexto meritocrata.

Nossa sociedade é racista e ainda escravocrata e essa linha do tempo tá aí pra evidenciar.
Por Leandro Ribeiro"

Neste sentido, Consciência Negra é não esquecer o que fizeram contra a minha família africana e a de todos os meus semelhantes africanos no passado e na atualidade!

Nunca esquecerei e não deixarei a minha descendência esquecer tão grande mal!


Melque Silva

domingo, 3 de novembro de 2019

Questão dentro da questão

André Okuma: "De que cinema estamos falando? Não tem sala de cinema mas tem internet , quantos da população assistiram vingadores? Qtos tem acesso ao netflix por senha compartilhada, dvd pirata e os caralho? Acesso a qual cinema? Eh desse? Ou dos de 30 pau pra ver que filme no cinemark?
Cinema é filme em tela grande? O suporte? A distribuição? O selo da ancine? Cinema é só isso???
E Ainda, cinema como produto cultural ou bem cultural ? Globochanchada é cinema?"

TEMA da Redação do ENEM 2019 - "Democratização do acesso ao cinema no Brasil"


sábado, 2 de novembro de 2019

REDAÇÃO. TEMA: Abandono paterno.

Abandono paterno


O abandono paterno é resultado da dificuldade do homem de assumir as responsabilidades de um adulto. Mais do que mera falha de caráter, questões financeiras e medo de perder sua autonomia determinam tal decisão 

Fruto de uma sociedade machista que impõe à mulher um amadurecimento precoce, ao homem é dada uma maior liberdade não apenas do exercício da sexualidade, mas também de reprimir suas emoções. Se a menstruação demarca o ingresso da mulher no mundo adulto, a adolescência masculina, no século XXI, parece prolongar-se indefinidamente; já que ser imaturo não é socialmente a ele condenável.

Há sempre uma questão financeira implicada no abandono paterno, já que cabe - se pensarmos no contexto conservador - ao homem a função de provedor da família. Embora o impacto na carreira masculina seja menor (senão positivo), implica, inevitavelmente, um compromisso duradouro e permanente com sustento da criança. Pensão, custeio universitário, herança serão direitos inalienáveis da criança, por isso, tão temidos por eles. 

Ter sua liberdade cerceada, entretanto, é um dos maiores temores masculinos. O egoísmo colabora para negligência de muitos indivíduos, para os quais a paternidade representa uma prisão, mesmo dentro do casamento. O desamparo das parceiras, uma violência moral, não os afeta diretamente, já que o ônus da criação é sempre imposto àquela que foi abandonada: a mãe solo

Reflexo de uma sociedade que tanto resguarda quanto isenta os homens de suas responsabilidades, o abandono paterno precisa, portanto, ser pautado desde cedo entre os jovens, a fim de ser combatido. Ao MEC caberá fornecer material elaborado a ser distribuido às escolas com discussão e debates sobre práticas machistas como assédio, violência, relações abusivas e abandono paterno. Discutir a responsabilidade de homens e mulheres diante de uma gravidez não planejada ajudaria na prevenção de tais casos. Por fim, a Justiça deve assegurar os direitos da mulher e da criança em caso de abandono, com garantia de apoio financeiro, registro paterno, amparo legal e toda segurança que garanta o desenvolvimento pleno da criança.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

REDAÇÃO. Tema. A manipulação do processo eleitoral por "bots" em 2018

A DEMOCRACIA FRATURADA

  A manipulação do processo eleitoral tem comprometido a integridade da democracia no séc. XXI. No Brasil, a disparidade econômica a “privilegiar” alguns candidatos, o emprego de "fake news " para o direcionamento das massas e a judicialização da política são seus principais instrumentos.

   A democracia pressupõe um equilíbrio de forças e poderes, já que se trata de um sistema de governo constituído para proteger todo o cidadão, independente de classe, credo ou cor. Interesses econômicos, contudo, sempre determinaram "eleitos", visto que campanhas exigem altos custos, principalmente em propaganda. Se corresponder à administração honesta, justa e eficiente do erário em benefício dos anseios/necessidades do país é função do representante público, contraditoriamente, muitos terminam por servir a interesses “nada republicanos” de uma casta hegemônica.

   Com o surgimento da Internet (e a popularização dos "smart phones" ), houve uma redução do poder das mídias tradicionais de "favorecer" candidatos da elite. O uso criminoso de “disparos” (grande fluxo de mensagens) de factoides difamatórios e desonestos - no Whatts app, - foi largamente usados nas recentes eleições brasileiras. "Bots" (algoritmos multiplicadores) produziram um estelionato eleitoral, já que, - pagos ilegalmente por facções inescrupulosas, com mentiras e desinformação, - operadores de “robôs” definiram os resultados das urnas.

 Embora ao Judiciário cumpra resguardar a Constituição, em muitos países tem servido como instrumento para obstruir candidaturas. A demonização da política pela mídia, a construção de pretensos "salvadores da Pátria " e o terrorismo sobre crises e ameaças “comunistas” resultaram na polarização política do eleitorado. Ao Supremo cabia mediar conflitos, contudo, contribuiu para o agravamento da crise, visto que se omitiu - e ate mesmo com arbitrariedades “ditas” legais, - agiu de forma militante contra partidos e movimentos sociais.
[FALTA A CONCLUSÃO]

[Enviado por Danielle – Redação Tatuapé Manhã, revisado e alterado pelo Prof. Eduardo]

REDAÇÃO. TEMA. Falência do ensino público

FALÊNCIA ESCOLAR
  
  A falência do ensino público se deve a diversos fatores. Falta de investimentos, grade curricular obsoleta e autoritarismo nas relações interpessoais são alguns desses que colaboram para tal crise.

  Embora o discurso de educação como "panaceia"  para todos os males da sociedade prepondere entre os políticos, raramente tal fala se reverte em verbas para as escolas públicas. Estrutura física precária, escassez de recursos materiais, superlotação de salas e baixos salários dos educadores são realidades recorrentes mesmo nas grandes cidades. Vandalismo e depredação patrimonial, contudo, não só confirmam como refletem o profundo descontentamento com a instituição.

  Quanto ao ensino, há hoje uma disparidade entre as disciplinas exigidas e a vida prática. Se cabe à escola formar o indivíduo não só para o mercado de trabalho, mas também para o exercício pleno da cidadania, ela comumente fracassa. Talentos são diversas vezes desperdiçados, já que o Estado tenta padronizar/nivelar o conhecimento dos jovens em áreas irrelevantes que os desmotiva e aliena.

   A escola deveria ser um espaço de sociabilização e intercâmbio de experiências, entretanto, sua natureza conservadora e autoritária cerceia a autonomia dos alunos. Reflexo do período ditatorial, mesmo seu sistema de avaliação é punitivo, visto que (nada democrático) valoriza mais a nota do que o aprendizado. A violência, o “bullying” e o desrespeito aos professores configuram tal ambiente de hostil segregação que deveria ser de diálogo, respeito e tolerância à diversidade e aos afetos.

   A decadência das instituições de ensino público aponta para uma urgente necessidade de renovação de seu modelo. Isso exige, portanto, a atuação de um Ministério da Educação comprometido com a ampliação do investimento nas escolas, atualização de um currículo mais flexível às necessidades atuais de uma sociedade plural. Conselhos, associações e comunidade mais atuantes nas decisões escolares serão também imprescindíveis para uma escola cidadã: espaço de encontro, trocas, aquisição de conhecimento e emancipação.

REDAÇÃO. Tema: "Violência vende"

A fetichização da violência na mídia


A exploração da violência na mídia tem impactado profundamente a sociedade. Dos danos psicológicos, passando pela banalização (e fascínio) pela criminalidade, o espetáculo da violência altera a percepção do espectador sobre a realidade.

O sensacionalismo na cobertura de casos policiais é uma prática recorrente na mídia atual, - ois implica aumento de audiência, - já que a violência é extremamente atraente aos seres humanos. Se nosso instinto de preservação é ativado por cenas brutais, não é raro o desenvolvimento de medos patológicos. Ansiedade, depressão e síndrome do pânico são frequentes em muitos espectadores. Outros, contudo, tornam-se indiferentes, insensíveis à dor do outro, mais agressivos, quando não, reativos à violência. 

O mito da democracia racial (e pacífica) brasileira não se sustenta caso nos atentemos, de modo crítico, para um só dia na grade televisiva no país. Programas como Cidade Alerta, Polícia 24h e Brasil Urgente banalizam a criminalidade, com dramatizações grotescas e bordões sarcásticos que desumanizam as vítimas. Há sempre uma matéria - um recorte da realidade - exibida de forma fragmentada (num fluxo de adiamentos) com o objetivo tanto de instigar quanto prender a atenção do espectador. O sentido informativo, portanto, perde-se de todo, a sobressair o aspecto farsesco de “divertimento” ficcional.

A exposição à hiper violência tanto gera horror e indignação quanto aliena a ponto de conduzir ao conformismo. O preconceito, entretanto, é o produto mais cruel da exaltação da perversidade; posto que as periferias são sempre depreciadas em rede nacional. Muitos jovens, principalmente negros e pobres, são estigmatizados diariamente em programas sensacionalistas, sua singularidade extirpada. Tornam-se “alvos” da polícia e são, socialmente, vistos como bandidos potenciais. Perseguições, linchamentos e chacinas sucedem em profusão do mundo real às telas, uma profusão de corpos anônimos destituídos de humanidade e significado, logo, não comovem e já nem “dão mídia”. 

O impacto da exploração da violência é produto de uma sociedade doente, que lucra com a desgraça dos desvalidos. Sendo assim, ela corrompe a dignidade dos retratados e, por conseguinte,  de sua própria audiência. A regularização da mídia pelo Ministério da Comunicação se faz, portanto, imprescindível, necessária para romper com a fetichização do crime, da dor e da morte. Cabe igualmente ao MEC, fornecer material didático às escolas para desenvolver o senso crítico dos jovens, com promoção de debates para ressensibilizá-los, “despertá-los” para o horror que é a exposição e replicação de atos atrozes como divertimento: uma outra forma de crime.

REDAÇÃO. O empoderamento feminino e sua representação na mídia

Entre heroínas e divas: a força do “sexo frágil”

O modo como a mulher é representada nas mídias e nas artes no século XXI revela não só sua mudança comportamental, mas também seu novo posicionamento social.

O corpo da mulher sempre foi objetificado nas propagandas, já que “erotizado”, atraia o olhar do homem induzindo-o ao consumo. As mulheres, entretanto, não ficaram imunes, uma vez que passaram a reproduzir padrões inalcançáveis impostos por anseios masculinos. O cinema também as padronizou, ao retratá-las de forma infantilizada: sempre mocinhas "casadoidas" ou solteironas histéricas. 

Com a revolução industrial, urbanização das cidades e popularização de cinema e televisão, ora a mulher foi mostrada como rainha do lar, ora como “femme fatale” (destruidora de homens e lares). Se hoje figura como protagonista em “blockbuster de super-heróis” (como Mulher Maravilha, Capitã Marvel etc.), deve-se a seu reposicionamento na sociedade, visto que empenharam-se para obter espaço no mercado de trabalho, igualdade de direitos e maior autonomia.

Embora o conservadorismo patriarcal, as religiões dogmáticas e o machismo retrógrado procurem sabotar tais avanços, elas se fortalecem em um novo feminismo, a fim de ocuparem áreas de poder e decisão. “Divas” como Madonna, Beyonce, Angelina Jolie e Gisele Bündchen correspondem a esse modelo. Mulheres poderosas e progressistas são também empreendedoras bem-sucedidas, que conciliam - apesar de tantas atividades - família, maternidade e militância/ativismo político-social. 

Das sufragistas inglesas às figuras destemidas como Malala, o reposicionamento feminino na sociedade contemporânea reflete, portanto, a conquista de gerações de mulheres.  Há, contudo, uma cultura misógina a se combater. Assédio, violência (estupro e feminicídio), exploração sexual e diversas opressões precisam da aplicação de leis e penas severas. Por isso é fundamental uma parceria ampla da Justiça com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, para garantir amparo a vítimas, punição para os criminosos e programas de reintegração no mercado de trabalho. O estímulo à igualdade de gênero precisa tornar-se pauta do MEC, com fornecimento de material para debate e discussão dos jovens sobre esta questão em escolas de todo país. Além disso, ele deve fomentar campanhas nacionais de combate ao machismo (via mídia),ações necessárias para construção de uma sociedade mais justa e democrática que faça jus a todo potencial da mulher. 



144 Temas possíveis para redações/dissertações

TEMAS DE REDAÇÃO

1. A necessidade de combater os altos índices de jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil
2. A importância da educação financeira na vida do cidadão.
3. Aleitamento materno em questão  no Brasil
4. Os perigos da alienação parental.
5. A legalização dos jogos de azar no Brasil
6. A judicialização da Saúde no Brasil.
7. A internação involuntária de dependentes químicos no Brasil.
8. O abuso de álcool na sociedade brasileira
9. A importância da participação política para a efetivação da cidadania no Brasil
10. Impactos do envelhecimento da população brasileira.
11. O lixo e a sociedade de consumo no Brasil
12. A tecnologia de combate à criminalidade
13. A população em situação de rua no Brasil.
14. Os perigos da indústria farmacêutica
15. Perspectivas e desafios da Educação a distância no Brasil
16. A importância do desenvolvimento sustentável no Brasil
17. A democratização do acesso à cultura no Brasil.
18. A internet facilitou a informação mas restringiu a capacidade de reflexão.
19. A importância dos quilombolas hoje.
20. A mulher brasileira no mercado de trabalho
21. Controle parental no uso da tecnologia: prevenção ou invasão de privacidade das crianças?
22. Desastre em Brumadinho e a gravidade da reincidência dos crimes ambientais.
23. Cibercondria - a doença da era digital
24. Intolerância e discurso de ódio contra minorias
25. Violência urbana no Brasil
26. Preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro
27. A participação política do jovem no Brasil contemporâneo.
28. A questão indígena no Brasil contemporâneo.
29. Impasses no processo de adoção no Brasil
30. O aumento de DST´s entre os jovens brasileiros
31. Causas e consequências da violência no esporte brasileiro
32. Desafios para a educação da população indígena no Brasil
33. A alimentação na rede pública de ensino
34. As consequências da pirataria para a sociedade
35. 30 anos da Constituição: avanços e retrocessos
36. Eleições 2018: o papel das redes sociais nas discussões políticas
37. Impactos da escassez de água no século XXI
38. O aumento de incêndios nas matas brasileiras
39. Desafios para melhorar o precário saneamento básico brasileiro
40. Os limites entre o erro médico e a responsabilidade criminal
41. Questões relacionadas à prostituição no Brasil
42. Desafios para garantir a vacinação dos brasileiros
43. Aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil
44. O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo
45. Violência de gênero nas universidades brasileiras: como enfrentar esse problema?
46. Preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue.
47. Tabagismo no seculo XXI – Problemas e consequências
48. O casamento infantil no século XXI
49. As dificuldade dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho
50. Desafios para a inclusão digital da terceira idade
51. As dificuldade das crianças com distúrbio de aprendizagem de se inserirem na escola.
52. Alternativas para combater o desaparecimento da Mata Atlântica
53. Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil.
54. A violência obstetrícia em debate no Brasil
55. Os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil
56. O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil
57. A importância da Educação a distancia no Brasil.
58. A promoção de saúde por meio do saneamento básico
59. Obstáculos no aumento dos índices de felicidade e bem-estar na sociedade atual
60. Os entraves na promoção da paternidade responsável no Brasil
61. Desafios e perspectivas para a juventude do século XXI
62. A questão do abandono de animais no Brasil
63. A tendência solitária mundial: problema de saúde pública ou necessidade humana?
64. Impactos do abrandamento da Lei da Cadeirinha no Brasil
65. As implicações das redes sociais nas relações interpessoais do indivíduo contemporâneo
66. A construção de mecanismos que permitam o surgimento de artistas engajados socialmente
67. Os efeitos da supervalorização do trabalho na atualidade
68. A importância da escolha de um método de alfabetização para a formação de leitores no Brasil
69. A reforma do ensino médio brasileiro e o papel da educação na sociedade contemporânea
70. O processo de prevenção e recuperação das ações de "bullying" no contexto escolar brasileiro
71. Linchamento virtual: violência coletiva como forma de sanar a injustiça
72. As perspectivas ambientais e sociais da catástrofe de Brumadinho
73. Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet
74. Efeitos da intolerância ao multiculturalismo brasileiro
75. Poluição do ar: problemática da saúde e do desenvolvimento sustentável
76. Mortalidade entre os jovens brasileiros
77. A desvalorização do pensamento científico no Brasil
78. Efeitos da disseminação das "Fake News" nas mídias sociais
79. Como lidar com a questão do vandalismo e depredação do patrimônio público brasileiro?
80. Limites no humor: censura ou bom senso?
81. Ilicitude e implicações do tráfico de drogas no Brasil
82. A relação entre urbanismo e direito à cidade
83. O dilema da doação de órgãos no Brasil
84. Conteúdos virtuais: seleção ou indução?
85. A perspectiva social da violência urbana no Brasil
86. Educação alimentar e seus desafios na sociedade brasileira
87. O aumento das ISTs entre os jovens no Brasil
88. Desafios para se promover o consumo consciente no Brasil
89. Discurso de ódio e anonimato nas redes sociais no Brasil
90. Caminhos para combater o abuso sexual de crianças e adolescentes
91. Preconceito linguístico na sociedade brasileira
92. Desafios da população refugiada no Brasil
93. Precariedade do sistema educacional brasileiro
94. Intolerância à população LGBT brasileira
95. Aborto clandestino no contexto brasileiro
96. Apropriação cultural no Brasil
97. Desafios da inclusão digital no Brasil
98. Doação de sangue no Brasil: obstáculos e soluções
99. Meio ambiente e poluição no Brasil
100. Intolerância à diversidade de organização familiar no Brasil
101. Precarização do trabalho no Brasil
102. Ocupação urbana desordenada no Brasil
103. Depressão e suicídio na população brasileira
104. Corrupção no contexto político brasileiro
105. Crise no sistema prisional brasileiro
106. População em situação de rua no Brasil
107. Caminhos para combater o racismo no Brasil
108. Evasão escolar no Brasil
109. A invisibilidade da questão indígena no Brasil
110. Mortalidade infantil no contexto brasileiro
111. Homofobia no contexto escolar brasileiro
112. Cultura do estupro no Brasil
113. Déficit habitacional no contexto brasileiro
114. A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira
115. Os impactos do agronegócio no Brasil
116. A quem é reservado o acesso ao esporte no Brasil?
117. Questão hídrica no contexto brasileiro
118. O aumento no índice de sobrepeso no Brasil
119. "Bullying" na sociedade brasileira
120. Desemprego no contexto brasileiro
121. Zika vírus no contexto brasileiro
122. Racismo na sociedade brasileira
123. Transfobia
124. Os desafios da saúde pública no Brasil
125. Automedicação na sociedade brasileira
126. A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
127. Pornografia de vingança: como lidar com a questão?
128. Acessibilidade no Brasil
129. Analfabetismo funcional no Brasil
130. Segurança alimentar no Brasil
131. Mobilidade Urbana no Brasil
132. Gestão de resíduos no Brasil
133. PEC das domésticas: benefícios para as empregadas ou risco ao emprego?
134. Via de nascimento: escolha da gestante ou questão de saúde pública?
135. A redução da maioridade penal ajudará a combater a violência no Brasil?
136. Publicidade de bebidas alcoólicas: proibir é a solução?
137. Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
138. O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?
139. A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?
140. Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?
141. O trabalho infantil na realidade brasileira
142. O poder de transformação da leitura
143. O desafio de se conviver com a diferença
144. A máquina de chuva da Amazônia

REDAÇÃO. Tema: Preconceito linguistico

A fala discriminada

O preconceito linguístico consiste em depreciar alguém baseado em seu modo de se expressar. Tal ato está revestido do desejo não apenas de se diferenciar do outro, mas de se mostrar superior às minorias pobres, periféricas e/ou racial ou sexualmente divergentes. 

O Brasil é um país continental, nacionalmente miscigenado, culturalmente diverso, - além de profundamente desigual do ponto de vista socioeconômico. Sendo assim, a língua portuguesa, -  herança colonial, - sofreu profundas modificações, ainda mais pelo histórico descaso com a Educação de diversos governos do país. Neste contexto,  o analfabetismo resultou num "falar" ao mesmo tempo rico e inculto, ou, como salientou o modernista Oswald de Andrade: "contribuição de todos os erros." Passadas décadas, o preconceito linguístico tem foco nas gírias dos jovens de periferia, nos dialetos jocosos dos LGBT´s nos guetos, nas expressões negras/afrodescendentes nos arrabaldes quilombolas,  nos dizeres dos caiçaras litorâneos, no falar interiorano dos caipiras e matutos.  

Um idioma está em permanente transformação. A norma padrão - na qual a escrita se ampara - nada mais é do que uma de suas expressões. A elite letrada, contudo, não só a denominou "forma culta", apropriou-se dela e passou a usá-la pra ditar as regras de um pretenso "falar correto". Com o discurso de salvaguardar sua "pureza" (definida por gramáticos de casaca), o Português se tornou uma série de regras a serem "decoradas" acriticamente. Restrito seu domínio àqueles com acesso a escolas de qualidade, tornou-se instrumento de exclusão em provas, concursos e entrevistas; portanto, uma "arma" de manutenção do "status quo" de um grupo sobre os demais.

O desprezo aos sotaques das regiões menos desenvolvidas do pais reflete as diferenças entre centro e periferia brasileiras (Sul/Nordeste, capital/interior, planície/morro, centro/subúrbios). As migrações de retirantes nordestinos e nortistas para o Sul e capitais por décadas, puseram em contato o Brasil letrado e o oral. Em posição subalternas de trabalho, "baianos" e "paraíbas" viraram termos pejorativos, discriminados por suas variantes idiomáticas e suas expressões locais, taxados de gente simples e ignorante. Esse desprezo foi retratado por Clarice Lispector em seu romance "A hora da estrela" através de Macabeia, datilógrafa alagoana constantemente humilhada por seu sotaque.

A discriminação linguística é mais uma forma de manifestação do preconceito contra minorias, portanto, prática inaceitável num pais plural e democrático. Ela não só revela ignorância sobre a formação do Brasil, como se configura em crime, já que implica reprovação, repulsa e desrespeito a outrem. Sendo assim, cabe ao MEC promover campanhas nacionais (a serem veiculadas na mídia) de valorização dos diversos modos de expressão. Deve, igualmente, fornecer material de debates nas escolas, para que professores garantam uma visão crítica (e menos preconceituosa) sobre a língua, a fim de combater a ignorância, o desrespeito e a intolerância às formas idiomáticas variantes e seus falantes. 

REDAÇÃO. Tema: doença mental

Mentes em perigo

Os casos de transtornos mentais têm se ampliado de modo alarmante - principalmente entre os jovens - no séc. XXI. Isso é produto de uma sociedade estressante, que em sua crise de valores impõe padrões inalcançáveis, na qual a violência é um fato banal. 

Se o avanço tecnológico permitiu através da mecanização industrial "libertar" o homem dos ofícios extenuantes, o Capitalismo impôs novas formas de servidão. O mundo tornou-se mais complexo, competitivo, instável e de mudanças vertiginosas. Em decorrência disso, ansiedade, vícios, depressão e síndrome de pânico emergiram na atualidade; já que o contexto socioeconômico martiriza o cidadão. 

A rejeição e o "bullying", num mundo pouco empático, conduz muitos ao isolamento, à insanidade e até ao suicídio. Embora vivamos na Era da Informação, as psicopatologias (principalmente as socialmente adquiridas) são raramente abordadas/discutidas; visto que há um preconceito arraigado às suas vitimas (tidas como "fracas", "covardes" ou sem "fé"). Na contramão desse "silêncio", o filme "Coringa" abordou recentemente, na degradação do seu protagonista, os distúrbios psicóticos. 

Numa sociedade violenta, os traumas podem resultar em problemas emocionais que evoluam para doenças. Relações tóxicas são vetores bastante comuns, entretanto agressões mais violentas (rapto, assaltos, estupro, pedofilia) traumatizam de modo permanente suas vítimas. O silêncio e o bloqueio emocional convertem-se num casulo protetor ante a indiferença e o desamor do mundo atual.

A ampliação dos casos de doenças mentais é, portanto, resultado, não só de uma sociedade em crise, mas de valores humanos degradados. O Ministério da Saúde deve promover campanhas  nacionais de conscientização sobre psicopatologias através do SUS/CAPES, além de fornecimento de profissionais e recursos para tratar os doentes. Vítimas de violência devem ser priorizadas pelo sistema. Sensibilizar a população, através da mídia, da seriedade do problema - com difusão de palestras debates, discussões e encontros em escolas e espaços coletivos (via MEC) - é fundamental; meio de minimizar e garantir a qualidade de vida, externa e psíquica, de seus cidadãos.

INT

  Ambiente/Cenário/Contexto: máquina automática de reposição automática de profissionais coisificados Foco: personagem: profissionais à vend...