quinta-feira, 26 de maio de 2022

Falta revisar

No filme "Mãos Talentosas", o garoto Ben Carson, através do estímulo materno, supera a pobreza e a discriminação racial com grande dedicação aos estudos. Assim como no filme, em que o protagonista forma-se o melhor médico em sua área, muitos jovens brasileiros tiveram suas vidas socialmente transformadas pela educação. Contraditoriamente aos discursos, no Brasil, a precariedade do sistema educacional é o primeiro entrave para a instrução do indivíduo que, à revelia de uma sociedade desigual, quando empenhado (e estimulado!), supera todos os prognósticos. 

Em primeiro lugar, é interessante observar como o fenômeno do Renascimento só ocorreu, depois de um longo período de "trevas", por meio da valorização do conhecimento e das artes, com base na retomada do repertório clássico. No Brasil, a educação pública, embora restrita a poucos até os anos 60, possuía uma excelente qualidade, já que atendia não só os mais privilegiados, mas também dedicados. A partir dos anos 70/80, a necessidade de mão de obra mais capacitada, durante o "Milagre Econômico", focado com a industrialização do país, houve uma maior democratização do acesso ao ensino; contudo, isso implicou, também, na queda da qualidade. Foi a primeira vez na história brasileira, que as classes subalternas tiveram formação técnica, e até superior, começando, assim, a questionar sua realidade e exigir sua cidadania.

Em segundo lugar,  ressalta-se que, apesar dos avanços da educação nas últimas décadas, por meio de políticas públicas de inclusão, como cotas raciais e socioeconômicas (ProUni , FIES, Ciências sem Fronteiras, etc), não foram suficientes para solucionar uma deficiências de décadas. Se hoje se assiste a implementação do Novo Ensino Médio, com disciplinas como educação financeira e planejamento de vida, é porque se entende que o século XXI exige profissionais aptos para os desafios adivinhos da evolução tecnológica. Segundo Mandela, líder sul-africano: "A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo", e isso se confirma pelo sucesso de muitos jovens periféricos que concluíram seus estudos e, emancipados e conscientes têm lutado para a redução da estratificação social brasileira. 

Destarte, medidas são necessárias a fim de que o ensino seja mais valorizado no país. Portanto, cabe ao Ministério da Educação, reforçar as políticas públicas existentes e expadi-las de modo mais abrangente a todas as regiões do país, já que as diferenças locais (escassez de universidades públicas) são inegáveis. Outrossim, a sociedade deve exigir de seus governantes maior investimento na infraestrutura e nos profissionais da educação, com garantia de melhores salários. Contudo, somente com maiores oportunidades de desenvolvimento do país, ter-se-á uma sociedade mais avançada e menos excludente.


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