quarta-feira, 12 de agosto de 2015

REDAÇÃO. Tema: "Televisão: o túmulo do pensamento crítico"

Tele/Visão: vendo a tv para além do tela

A televisão brasileira tem uma função importante em nossa sociedade. Para além de entreter, informar e proporcionar o acesso à educação e à cultura, ela deveria estimular o pensamento crítico do cidadão, mas não o faz.
Em termos de qualidade técnica, a teledramaturgia brasileira é, reconhecidamente, uma das mais sofisticadas do mundo. Embora eficiente para comover, tramas repetitivas, padronizadas e maniqueístas reforçam preconceitos e esteriótipos. O melodrama, forma narrativa popularesca e emotiva, hoje, segue como nunca, a seduzir e enternecer "corações", em detrimento da razão.
Noticiários, telejornais e documentários informam diariamente a população sobre os fatos importantes do país, entretanto, nem mesmo estes estão isentos de interesses. Ainda que as emissoras sejam concessões públicas, a avidez pelo lucro e pelo poder faz com que elas sejam usadas como instrumento de manipulação para fins diversos. A narrativização da notícia e a espetacularização da violência alienam o espectador, já que impedem sua visão crítica sobre a realidade.
As emissoras educativas no país, como TV Cultura, Canal Brasil e Futura, embora de grande qualidade, têm os índices de audiência mais baixos, se comparadas aos canais abertos. Atualmente, grandes compositores, músicos e artistas perderam lugar nas programações para celebridades do axé music, sertanejo universitário, forró e funk light. Os "reality shows", em declínio no mundo, continuam populares no Brasil e tiraram o espaço dos bons programas musicais e das minisséries adaptadas de livros, já que a cultura se tornou, conforme seus produtores, um artigo de luxo de baixa rentabilidade.
A televisão deveria desempenhar uma nobre função social, porém está hoje a serviço de interesses econômicos, políticos e ideológicos; já que controlada por uma elite que visa, não apenas a alienar o telespectador, mas a obtenção de poder. Sua regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser definida, democraticamente, por diversos representantes da sociedade. Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela é.


[Redação elaborada coletivamente em 4/08/2015, pela turma do extensivo noite do Cursinho Henfil de Mauá. Enviada por Camila Martins, foi revista e reeditada pelo professor Eduardo, em 12/8. Tema: “Televisão: o quarto poder?”]









Possibilidades/variações do último parágrafo (conclusão).

(01)
A nobre função que a tevê deveria desempenhar serve hoje a interesses econômicos, políticos e ideológicos; já que é controlada por uma elite que a usa, não apenas para alienar o telespectador, mas para obter poder. Sua regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser definida, democraticamente, por diversos representantes da sociedade. Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela é.

(02)

A nobre função que a tevê deveria desempenhar está hoje a serviço de interesses econômicos, políticos e ideológicos; já que controlada por uma elite que visa, não apenas a alienar o telespectador, mas a obtenção de poder. Sua regulamentação se faz, portanto, urgente; e deve ser definida, democraticamente, por diversos representantes da sociedade. Acreditamos que só assim teremos uma mídia comprometida com interesses e necessidades dos cidadãos, um antídoto para os abusos atuais que impedem o público realmente de ver a televisão como ela é.


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