quinta-feira, 26 de outubro de 2017

REDAÇÃO. Tema A criminalização da homofobia no Brasil

Por razão do ENEM, e a pedido de alguns alunos, comecei a fazer redações coletivas (em sala de aula) de todos os temas para ENEM e FUVEST possíveis para "cair" em 2017. O primeiro que posto é este, sobre o tema A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA NO BRASIL. Foi feito com a turma da tarde, do MAXIMIZE MAUÁ (extensivo tarde), enviado pela Larissa Lopes Santana.



PELO DIREITO DE EXISTIR

O fato de a criminalização da homofobia não ter sido homologada pelo Senado brasileiro revela o quanto o país precisa avançar em relação aos direitos de “gays”, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT´s). Pretensos inimigos da “família tradicional brasileira”, muitos têm seus direitos ignorados e a frequente violência que sofrem é minimizada pela sociedade.
LGBT's nascem no seio de uma família, portanto, julgá-los excluídos desta instituição e da sociedade é um contrassenso. Embora o Brasil seja um país “pretensamente” laico, valores judaico-cristãos determinam, em grande parte, não apenas normas, comportamentos e condutas (julgadas socialmente aceitáveis), mas também leis vigentes no país. Isso faz com que, aqui, a cada 25 horas, um deles seja assassinado por homofóbicos, devido à certeza da impunidade pela ausência de uma legislação específica.
O crime de ódio é definido por uma violência cometida por preconceito de raça, credo, gênero e orientação sexual. Se a heteronormatividade é considerada uma virtude numa sociedade machista/patriarcal, às minorias cabem o silenciamento e a segregação. A diversidade sexual, portanto, não é respeitada como direito individual, ainda mais por que discursos contra a identidade de gênero - e defesa de reversão sexual por “psicólogos” - são apoiadas e defendidas por religiosos e políticos.
Há, no Brasil de hoje, “bullying” nas escolas, ofensas nas redes, agressões em espaços públicos e censura de exposições. Os LGBT's são com frequência atacados e impossibilitados de expressar livremente seus desejos e afetos. A Parada LGBT de São Paulo é um sucesso de popularidade e atualmente movimenta a economia da metrópole; entretanto, esta tolerância “gay friendly” escamoteia agressões contínuas – ainda mais nas periferias – à comunidade “gay” e afins.
Minimizar crimes de ódio contra LGBT's, negando-lhes uma lei que os acolha e defenda, explicita o desprezo e o descaso do próprio Estado em relação à perseguição que muitos sofrem. Devemos, portanto, exigir de nossos representantes políticos sua implementação imediata, além de outras leis que lhes garantam igualdade de direitos (inclusive matrimoniais) e acesso ao nome social, no caso do cidadão trans. O respeito tanto à identidade de gênero quanto ao de orientação sexual deve ser um valor aprendido e estimulado nas famílias, templos e instituições de ensino, já que a luta LGBT não se restringe à visibilidade, mas ao direito de existir plenamente, como de todo cidadão.


[Redação coletiva do Maximize Mauá – Extensivo tarde – enviado por Larissa Lopes Santana.]

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