segunda-feira, 30 de outubro de 2017

REDAÇÃO. Tema: O movimento antivacinação e a crescente descrença no pensamento científico no Brasil

CONTRA A INCUBAÇÃO DA IGNORÂNCIA

O movimento antivacinação tem proliferado nos últimos anos, principalmente, por meio do ativismo propagado nas redes sociais. A falsa segurança (decorrente da ausência de surtos), o medo de reações colaterais à vacina e a difusão de informações falsas são as principais causas.

A saúde pública no Brasil é extremamente precária, entretanto, a política de vacinação implantada pelo Sistema Único de Saude não só se mostrou eficiente, mas um modelo de prevenção para diversos países. Essa eficiência, portanto, foi responsável pela erradicação da Poliomelite e redução de outras doenças a níveis ínfimos; o que fez com que muitos negligenciassem a importância da vacinação e questionassem sua real eficácia.

Há, por parte de vários pais, certo receio em relação aos efeitos adversos das vacinas, já que, comumente, desencadeiam pequenas reações alérgicas nas crianças. Por mais que lhes doam o sofrimento dos filhos, esse é menos nocivo que o impacto de doenças e epidemias. Embora tal atitude fosse mais esperada em camadas pouco instruídas ou pobres da população, jovens de classe media, com alta escolaridade e acesso à informação estão entre os principais adeptos da antivacinação. Se a predileção por terapias alternativas (homeopatia, florais, cristais, “reiki” e benzeduras etc), tem suplantado a “crença” em vírus, fungos e bactérias, quem sofre riscos e/ou danos permanentes de doenças triviais - já que vacináveis, - são as crianças não imunizadas.

Embora a Internet tenha democratizado o acesso à informação, nada mais danoso à saúde do que seu poder de propagar factóides. Convicções sem fundamentos e falácias reiteradas ganham peso verdade nas redes. Em “comunidades” virtuais brasileiras (há 14 ativas no Facebook, com 13 mil membros), mães compartilham “experiências”, fazem confissões e reverberam crendices atávicas de avós e curandeiras. Generalizar casos particulares é a praxe. Pediatras e infectologistas (vistos como agentes a serviço dos interesses escusos da indústria da vacinação) não escapam à desconfiança de mães convictas do poder deletério dos patógenos de toda vacina.


O avançar do movimento antivacina comprova a atual demonização do conhecimento científico. A promoção do discurso do medo, da ignorância e do obscurantismo necessita, portanto, ser combatida com uma educação que garanta um olhar mais crítico sobre as mídias e a realidade. O Ministério da Saúde deve implementar campanhas de conscientização, debates em escolas e difundir na mídia os benefícios da vacinação. É preciso exigir dos pais o cumprimento do Calendário Nacional de Vacinação. Deixar a sociedade à merce de epidemias é uma ação não só irresponsável mas criminosa que deve ser punida com leis, sanções e multas a particulares e grupos. Não se pode permitir "a incubação da ignorância, nem a atualização do atraso.”


[Redação coletiva com o tema "O movimento antivacinação e a crescente descrença no pensamento científico no Brasil", realizado no Maximize, turma tarde (agosto).

3 comentários:

  1. tu publicou 30 de outubro e eu comentei 30 de outubro, legal né

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  2. ESTÁ DESINFORMADO , nunca houve nenhum movimento contra a VACINAÇÃO, e sim justa dúvida da eficácia da mesma e do afastamento social e o uso das " máscaras " , NENHUM fabricante das vacinas quizeram se responsabilizar pela eficâcia da mesma , A PRÓPRIA OMS PEDIRAM DESCULPAS PELOS SEUS "ERROS" NO TRATO COM O VÍRUS . O INTERESSANTE QUE VCS FALAM TANTO EM CIÊNCIA E ESQUECEM DA BIOLOGÍA

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