CONTRA A INCUBAÇÃO DA IGNORÂNCIA
O movimento antivacinação tem
proliferado nos últimos anos, principalmente, por meio do ativismo
propagado nas redes sociais. A falsa segurança (decorrente da
ausência de surtos), o medo de reações colaterais à vacina e a
difusão de informações falsas são as principais causas.
A saúde pública no Brasil é
extremamente precária, entretanto, a política de vacinação
implantada pelo Sistema Único de Saude não só se mostrou
eficiente, mas um modelo de prevenção para diversos países. Essa
eficiência, portanto, foi responsável pela erradicação da
Poliomelite e redução de outras doenças a níveis ínfimos; o que
fez com que muitos negligenciassem a importância da vacinação e
questionassem sua real eficácia.
Há, por parte de vários pais,
certo receio em relação aos efeitos adversos das vacinas, já que,
comumente, desencadeiam pequenas reações alérgicas nas crianças.
Por mais que lhes doam o sofrimento dos filhos, esse é menos nocivo
que o impacto de doenças e epidemias. Embora tal atitude fosse mais
esperada em camadas pouco instruídas ou pobres da população,
jovens de classe media, com alta escolaridade e acesso à informação
estão entre os principais adeptos da antivacinação. Se a
predileção por terapias alternativas (homeopatia, florais,
cristais, “reiki” e benzeduras etc), tem suplantado a “crença”
em vírus, fungos e bactérias, quem sofre riscos e/ou danos
permanentes de doenças triviais - já que vacináveis, - são as
crianças não imunizadas.
Embora a Internet tenha
democratizado o acesso à informação, nada mais danoso à saúde do
que seu poder de propagar factóides. Convicções sem fundamentos e
falácias reiteradas ganham peso verdade nas redes. Em “comunidades”
virtuais brasileiras (há 14 ativas no Facebook, com 13 mil membros),
mães compartilham “experiências”, fazem confissões e
reverberam crendices atávicas de avós e curandeiras. Generalizar
casos particulares é a praxe. Pediatras e infectologistas (vistos
como agentes a serviço dos interesses escusos da indústria da
vacinação) não escapam à desconfiança de mães convictas do
poder deletério dos patógenos de toda vacina.
O avançar do movimento
antivacina comprova a atual demonização do conhecimento científico.
A promoção do discurso do medo, da ignorância e do obscurantismo
necessita, portanto, ser combatida com uma educação que garanta um
olhar mais crítico sobre as mídias e a realidade. O Ministério da
Saúde deve implementar campanhas de conscientização, debates em
escolas e difundir na mídia os benefícios da vacinação. É
preciso exigir dos pais o cumprimento do Calendário Nacional de
Vacinação. Deixar a sociedade à merce de epidemias é uma ação
não só irresponsável mas criminosa que deve ser punida com leis,
sanções e multas a particulares e grupos. Não se pode permitir "a incubação da ignorância, nem a atualização do atraso.”
[Redação coletiva com o tema "O movimento antivacinação e a crescente descrença no pensamento científico no Brasil", realizado no Maximize, turma tarde (agosto).
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ResponderExcluirtu publicou 30 de outubro e eu comentei 30 de outubro, legal né
ResponderExcluirESTÁ DESINFORMADO , nunca houve nenhum movimento contra a VACINAÇÃO, e sim justa dúvida da eficácia da mesma e do afastamento social e o uso das " máscaras " , NENHUM fabricante das vacinas quizeram se responsabilizar pela eficâcia da mesma , A PRÓPRIA OMS PEDIRAM DESCULPAS PELOS SEUS "ERROS" NO TRATO COM O VÍRUS . O INTERESSANTE QUE VCS FALAM TANTO EM CIÊNCIA E ESQUECEM DA BIOLOGÍA
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