O TRABALHO COMO PODER
TRANSFORMADOR
O trabalho, como valor moral, é
um advento da modernidade, já que na antiguidade greco-romana o que
diferenciava o escravo do homem livre era justamente o direito ao
ócio. A conquista da autonomia, a independência financeira e a
autoconfiança por se saber hábil e competente são atributos
indissociáveis de um trabalhador pleno.
"Deus ajuda quem cedo
madruga", ensina o dito popular. Mais do que um principio
proverbial, ele explicita a importância de se possuir um
ofício/ocupação dentro de uma sociedade burguesa, patriarcal e
cristã. Trabalho, portanto, é esforço que não apenas recompensa
monetariamente, mas que define o modo como o sujeito é visto
socialmente.
Emancipar-se do controle dos
pais e ter direito à palavra no lar, apenas se faz possível quando
o sujeito contribui ativamente nas despesas e melhorias da casa. Se
almejamos desde sempre nossa autossuficiência, poucas vezes o
mercado de trabalho corresponde, de fato, às nossas expectativas.
Há empresas que investem na
formação e capacitação de seus funcionários, entretanto, raras
são aquelas que apresentam oportunidades reais de ascensão aos mais
jovens. A baixa remuneração, a carga horária excessiva, o
desrespeito ao desempenho alheio, e injustiças, causadas por
oportunistas antiéticos, são fatores desmotivantes àqueles que
aspiram ao sucesso profissional.
O trabalho confere distinção
ao homem, já que o seu valor moral é uma conquista do cidadão
consciente de sua capacidade produtiva no o mundo. O sucesso
profissional não se mede, logo, pelo poder de acumular bens
materiais ou ostentá-los de modo infantil. Garantir a dignidade do
assalariado, maior acesso à qualificação e ao emprego (sem onerar
seus rendimentos) são, portanto, exigências a serem feitas aos
nossos governantes, ainda mais em tempos de crise. A Justiça
Trabalhista deve agir com mais rigor, coibindo o trabalho escravo e a
exploração, principalmente dos jovens. O trabalho, desse modo,
cumprirá seu objetivo mais nobre: garantir segurança, autonomia e
futuro ao cidadão.
Muito Interessante!
ResponderExcluirComo fazer uma boa redação
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