quinta-feira, 2 de novembro de 2017

REDAÇÃO. Tema: O problema do lixo na contemporaneidade (e no Brasil): estratégias e soluções

Garantindo um futuro, ao futuro

Resultado do consumo desenfreado que caracteriza o sec. XXI, o lixo se tornou um problema determinante, cuja destinação será fundamental para a continuidade do homem na Terra. Reduzir a produção e o consumo, difundir o hábito da reciclagem e minimizar seu impacto no meio ambiente são as principais alternativas.
A Revolução Industrial trouxe com o avanço tecnológico e a técnica da linha de produção (denominada "estratégia fordista"), um aumento nunca antes visto na feitura de bens de consumo descartáveis. O consumismo exacerbado, contudo, viria com a utilização em larga escala de derivados de petróleo que lançaria no meio ambiente, já predatoriamente explorado, garrafas PET, sacolas plásticas, embalagens não-degradáveis de todos os tipos. Reduzir tal produção é urgente e exige acordos mundiais, entretanto, as maiores potencias alegam o risco de estagnação econômica, desqualificam os alertas sobre o Aquecimento Global, e seguem na produção de bens descartáveis e poluidores. Os antigos legaram às novas gerações as Pirâmides, o Coliseu Romano, a Muralha da China entre outras maravilhas. O sec. XXI deixará como herança às gerações futuras, uma ilha de plástico no Pacífico, lixões e danos ambientais.
No passado, a produção de lixo não se configurava um problema, já que se resumia à madeira, osso, tecido, peles e metais: todos facilmente degradáveis. No Brasil, o milagre econômico setentista, que acelerou a industrialização do país, ao instalar polos petroquímicos e automobilísticos no ABC-Paulista, trouxe como resultado do desenvolvimento: 57% de sobras de alimento, 17% de plástico, 2,5% de vidro e 2% de metal em dejetos etc. Uma fração disto é reciclada.
Hoje, o processo de reciclagem e/ou reaproveitamento do lixo da maior parte das cidades brasileiras é ineficiente ou nulo. Mesmo nas metrópoles, resíduos domiciliares são parcamente coletados por trabalhadores informais (catadores, carroceiros e moradores de rua), o que garante a subsistência de muitos desvalidos. Ainda que ecologicamente conscientizados, bem poucos estão de fato engajados na reciclagem e reuso de detritos. Isso, por que o Estado não fornece programas de coleta familiar, restringindo-se à impôr o uso de sacolinhas coloridas.

Tornar menor o impacto ambiental daquilo que a humanidade produz - tantas vezes, desmedidamente supérfluo. - é um desafio do agora. Devemos, portanto, exigir dos nossos governantes suporte estatal a cooperativas de reciclagem e a coleta seletiva urbana. Promover campanhas na mídia de incentivo à participação popular é essencial para redução do consumo e reaproveitamento de resíduos (mesmo orgânicos, na forma de compostagem). Além de reaproveitamento de bens cotidianos (reforma de roupas, manutenção eletrônicos, etc), é preciso leis que coíbam na indústria o uso da obsolescência programada (com sanções e multas), privilegiando equipamentos duráveis, mais baratos e de baixo consumo energético. Para uma geração hedonista, amante do excesso, do descarte, do imediato e do fugaz, não é uma missão fácil, mas libertadora, forma de fazê-la menos escrava da novidade tecnológica, do acúmulo do lixo concreto e virtual e, realmente, comprometida com o futuro.


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