NAS REDES E NA VIDA
O “cyberbullying” tem se
convertido num tipo de violência cada vez mais frequente no século
XXI. Expressão da falta de empatia de uma geração mais
individualista e menos solidária, tal fenômeno, gerado pelo
“aparente” anonimato das redes, hoje se tornou uma questão
criminal.
Etimologicamente a palavra
inglesa “bully” significa intimidar; portanto, “bullying”
refere-se à prática de ofender, perseguir e até mesmo agredir a
outrem. Escolas, condomínios, clubes, bairros e ruas, independente
da classe social, tanto indivíduos quanto grupos infringem
medo/terror aos mais fracos. Se o preconceito - à aparência, cor,
credo, etnia ou gênero - motiva-o, sua principal característica é
a gratuidade, expressão perversa de poder sobre os indefesos.
A popularização da internet
potencializou a prática do “bullying”. Há comunidades em redes
sociais criadas entre jovens exclusivamente para propagar mensagens
de ódio. Perfis falsos são criados nas redes para este fim, já que
a covardia é uma marca do praticante de “bullying”. Embora
aparentemente um problema banal, ele tem provocado graves traumas
psicológicos, além da indução ao suicídio e a atentados
assassinos, como o ocorrido recentemente em uma escola em Goiás,
quando um garoto, filho de policiais, atirou em colegas da escola que
ofendiam continuamente.
A falta de empatia está na raiz
do “cyberbullying”, entretanto, mais do que um desvio moral ou de
conduta, muitas vezes, torna-se um ato criminoso. Após a ruptura de
relacionamentos, há casos de ex-parceiros que “vazam” na
internet vídeos íntimos e fotos de nudez para expor ex ao vexame e
execração pública. As mulheres são as principais vítimas.
Raqueamento e invasões de computadores e celulares, com roubo de
conteúdo pessoal para fins de chantagem, obtenção de lucro, ou
mera difamação, são formas atuais de “cyberbullyng”.
A violência do “bullying”
virtual exige medidas efetivas. Cabe ao Ministério das Comunicações
monitorar e punir tais abusos quando denunciados, aplicando multas e
sanções a empresas de telecomunicações permissivas e
irresponsáveis. Leis que punam tais práticas, que retirem de
circulação sites/comunidades de ódio e que identifiquem
“hackers”/invasores com mecanismos mais eficientes de
rastreamentos são, portanto, medidas fundamentais de combate para
tornar a internet segura. Mais do que nunca, é preciso informar
aos nossos jovens (nas escolas e via mídia) dos riscos de expor sua
privacidade, além de orientá-los para um tratamento mais ético e
respeitoso de todos nas redes sociais e na vida.
[Redação coletiva efetuada no
Maximize Mauá, com a tuma do Semi tarde. Encaminhado pela aluna
Izabel Rodrigues.]
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